Carne de Cavalo: DECO critica ASAE por falta de informação - TVI

Carne de Cavalo: DECO critica ASAE por falta de informação

Deco pede maior fiscalização por parte da ASAE

Associação foi ouvida na comissão parlamentar da Agricultura e Mar

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A DECO criticou esta terça-feira a ASAE - Autoridade de Segurança Alimentar e Económica - pela falta de informação sobre o que a entidade fiscalizadora faz com os dados fornecidos pela associação portuguesa para a defesa dos consumidores.

Ouvida na comissão parlamentar da Agricultura e Mar, a DECO considerou que a entidade fiscalizadora não dá 'feedback' aos dados fornecidos pela associação no âmbito dos estudos realizados pela própria entidade.

«A DECO gostaria muito que a ASAE informasse sobre os resultados das análises», disse a responsável técnica da DECO Sílvia Machado, ao explicar que quando as amostras com vestígios de carne de cavalo em Portugal deram positivo, a associação enviou a informação para a entidade fiscalizadora, tal como para as empresas envolvidas, antes da divulgação do estudo, como é procedimento normal.

«Não temos 'feedback' da ASAE sobre o que faz com os nossos dados, se entra nos seus controlos rotineiros», apontou Sílvia Machado.

Em resposta a uma pergunta de um deputado, Sílvia Machado disse que a DECO desconhece qual o ponto de situação da ASAE em termos de segurança alimentar, o que está a fazer, se está a proceder a análises sobre a eventual presença de anti-inflamatórios nos vestígios de cavalo ou se os controlos oficiais são suficientes.

O secretário-geral da DECO, Jorge Morgado, reconheceu a importância da ASAE. Disse não ter dúvidas que «há em Portugal um sistema diferente entre o período em que a ASAE começou a atuar e antes», mas manifestou-se preocupado com a eventual «falta de meios, falta de verbas, que a ASAE pode estar a sofrer».

Destacou que quando a ASAE começou a funcionar teve como mérito dar um «forte abanão» na área da prevenção, sublinhando que nunca tinha havido tantas obras nas cozinhas e matadouros como na altura.

«Todos os meses estamos a expedir informação para a ASAE», mas não há resposta sobre o que estão a fazer com a informação fornecida pela DECO.

«Já tivémos no passado, agora temos menos», apontou.

Jorge Morgado disse ainda estar preocupado porque a associação começa a sentir «que esta situação da fiscalização começa a cair para o lado da Agricultura».

«Gostaríamos imenso de ver a fiscalização e controlo fora da Agricultura», este ministério «tem um papel importantíssimo, mas noutras áreas», disse.

Além dos estudos sobre carne de cavalo, a DECO abordou a questão da carne picada, cujos resultados demonstraram a existência de salmonelas, aditivos como sulfitos ou a sua má conservação (temperaturas acima do estipulado).
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