Chuva faz prever mais cheias na bacia do Tejo - TVI

Chuva faz prever mais cheias na bacia do Tejo

Caudais dos rios Nabão e Sorraia estão a diminuir, mas prevê-se continuação de chuva intensa

Os caudais dos rios Nabão e Sorraia estão a diminuir mas a previsão de chuva intensa para esta segunda e terça-feira leva a proteção civil a manter o nível de alerta amarelo para a bacia hidrológica do rio Tejo.

«As próximas 48 horas serão caracterizadas pela ocorrência de precipitação mais intensa e persistente a partir da tarde de hoje no litoral Norte e Alto Alentejo, diminuindo de frequência durante o dia de amanhã [terça-feira]», divulgou a Autoridade Nacional de Proteção Civil, que mantém o alerta amarelo para a zona da bacia do Tejo.

O aviso, o terceiro menos grave numa escala de cinco, prende-se sobretudo com «a chuva e aguaceiros» previstos, já que nas últimas dez horas se registou o decréscimo dos caudais do rio Nabão e Sorraia.

A diminuição dos caudais descarregados nas barragens de Montargil e Maranhão e no açude do furadouro sugerem que se verifique «um decréscimo gradual dos níveis das águas», apesar de nas secções a jusante do Tejo (nos concelhos de Golegã, Chamusca, Santarém, Alpiarça, Almeirim, Cartaxo) ser «previsível que os níveis se mantenham», refere o comunicado.

No concelho do Cartaxo o nível das águas será ainda influenciado pela maré-alta que deverá ocorrer em Lisboa, pelas 18:59.

De acordo com a Proteção Civil, o nível dos caudais poderá nas próximas horas provocar o galgamento do Dique dos Vinte (EN 243, no concelho da Golegã), a submersão da EN 114 Tapada ¿ Almeirim (entre Alpiarça e Almeirim), do parque estacionamento de Palhais, na Ribeira de Santarém, e da EM 587 na Quinta de Santo António (no concelho de Santarém) e da EN251 Coruche ¿ Mora, no concelho de Coruche.

No concelho de Santarém, para além da aldeia de Reguengo do Alviela está isolada a localidade de Caneiras, sete estradas e dois largos estão submersos. Ainda em Santarém verificou-se o galgamento do descarregador das Omnias.

Em Abrantes está submersa a praia fluvial de Alvega, a marginal do Rossio Sul do Tejo e um jardim em Barreiras do Tejo e cortada uma estrada devido ao aluimento de terras.

Inundada está igualmente a parte baixa da vila de Constância, onde as cheias afetaram ainda uma estrada e os parques de estacionamento e de campismo junto ao rio Zêzere.

Em Vila Nova da Barquinha mantém-se submergido o cais de Tancos e a avenida dos Plátanos.

Quatro estradas submersas e vários campos agrícolas foram afetados na Golegã, à semelhança do que aconteceu na Chamusca, com o mesmo número de estradas e a baixa do arrepiado inundado.

Em Alpiarça, para além do galgamento do descarregador da Courela, há duas estradas submersas.

Foram ainda contabilizadas duas estradas submersas em Benavente, seis em Coruche, uma em Almeirim e duas no Cartaxo, onde o nível das águas tornou inoperável o cais da marinha de Levada.

A Proteção Civil mantém os conselhos para as populações das zonas normalmente inundáveis para retirarem bens e animais e evitarem atravessar estradas e pontes inundadas.
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