«Envelhecimento» do tecido do pénis leva à disfunção eréctil - TVI

«Envelhecimento» do tecido do pénis leva à disfunção eréctil

Sexo depois dos 50 Idade Maior

Apurou grupo de cientistas da Faculdade de Medicina do Porto

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Um grupo de cientistas da Faculdade de Medicina do Porto (FMUP) descobriu que a redução dos níveis de androgénios nos homens provoca alterações no tecido do pénis semelhantes às que ocorrem durante o envelhecimento, podendo originar disfunção eréctil.

Os androgénios são as hormonas responsáveis pelo desenvolvimento do sistema reprodutor masculino, caracteres sexuais secundários (mudança na voz, desenvolvimento corporal por aumento da massa muscular, aumento do tamanho do pénis e dos testículos e aparecimento de pelos) e manutenção da libido no homem.

Os investigadores chegaram a esta conclusão depois de compararem o tecido do pénis de três grupos de homens: jovens e idosos saudáveis (sem disfunção eréctil nem factores de risco), e jovens saudáveis, mas com níveis reduzidos de androgénios.

Depois de realizados os estudos laboratoriais, os investigadores concluíram que «o tecido peniano neste último grupo de homens apresentava maior semelhança estrutural com o tecido dos indivíduos idosos do que com o dos outros jovens: o tecido era desorganizado, tinha menos células do músculo liso (cuja integridade e função são essenciais para a erecção) e mais células do tecido conjuntivo».

De acordo com Inês Tomada, responsável pelo estudo, «a partir destas conclusões, podemos admitir que qualquer redução da produção de androgénios deve ser tratada logo que possível».

«Após uma detalhada história clínica e avaliação bioquímica, o diagnóstico de hipogonadismo (resultante da carência de androgénios) pode ser facilmente estabelecido pelo médico especialista e, se necessário, este poderá prescrever fármacos para repor estas hormonas (em concreto, a testosterona), uma vez que os efeitos resultantes de um longo período de carência de androgénios poderão ser irreversíveis e, por si só, induzir o desenvolvimento de disfunção eréctil», explicou a investigadora.

O trabalho, a que a Lusa teve acesso, foi publicado na revista científica internacional «Age - American Aging Association».
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