Face Oculta: sobrinho de empresário de Ovar interrogado - TVI

Face Oculta: sobrinho de empresário de Ovar interrogado

José Manuel Godinho interrogado no âmbito da operação face oculta

Hugo Godinho suspeito de subornar funcionário da Lisnave e encarregado de obra na zona de Viseu

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O arguido no processo «Face Oculta» Hugo Sá Godinho, sobrinho do principal suspeito, entrou esta quinta-feira de manhã no Juízo de Instrução Criminal de Aveiro, refere a Lusa.

À entrada no tribunal, o advogado Artur Marques, que acompanhava Hugo Sá Godinho, adiantou apenas não esperar que o seu cliente veja agravadas as medidas de coacção, de termo de identidade e residência.

Segundo a investigação, Hugo Sá Godinho seria um homem de confiança do empresário de Ovar. A mando do tio, terá negociado com um funcionário dos estaleiros da Lisnave em Setúbal as contrapartidas para retirar 100 toneladas de resíduos ferrosos como se de lixo se tratasse.

Foi também apanhado a subornar um encarregado de obra na zona de Viseu para adulteração da pesagem de resíduos.

A PJ desencadeou a 28 de Outubro a operação Face Oculta em vários pontos do país, no âmbito de uma investigação relacionada com alegados crimes económicos de um grupo empresarial de Ovar que integra a O2-Tratamento e Limpezas Ambientais, a que está ligado Manuel José Godinho.

No decurso da operação foram efectuadas cerca de 30 buscas, domiciliárias e a postos de trabalho, e 15 pessoas foram constituídas arguidas, incluindo Armando Vara, ex-ministro socialista e vice-presidente do BCP, José Penedos, presidente da REN - Redes Energéticas Nacionais, e o seu filho Paulo Penedos, advogado da empresa SCI-Sociedade Comercial e Industrial de Metalomecânica SA, de Manuel José Godinho.

Um administrador da Indústria de Desmilitarização da Defesa (IDD) também foi constituído arguido.

Desde 30 de Outubro, aquando do início dos interrogatórios judiciais, um arguido foi colocado em prisão preventiva (o empresário Manuel José Godinho) e três outros foram suspensos de funções: Manuel Guiomar, quadro da Refer, Mário Pinho, funcionário da Repartição de Finanças de São João da Madeira, e José Lopes Valentim, também quadro da Refer-Rede Ferroviária Nacional.
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