Gripe A: 28 reacções adversas à vacina na última semana - TVI

Gripe A: 28 reacções adversas à vacina na última semana

Vacina H1N1

Dez foram classificadas como graves, revela o Infarmed

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Portugal registou, na semana entre 23 e 29 de Novembro, 28 suspeitas de reacções adversas à vacina contra a gripe A (H1N1), das quais dez foram classificadas como graves, revelou esta quinta-feira a autoridade que regula o medicamento, citada pela Lusa.

Os dados são revelados num boletim informativo que o Infarmed-Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde vai passar a divulgar semanalmente (às terças-feiras) sobre reacções adversas à vacina contra o vírus H1N1, avançou o porta-voz do organismo, Carlos Pires.

Desde o início da campanha de vacinação, iniciada a 26 de Outubro, já foram reportadas ao Sistema Nacional de Farmacovigilância 63 suspeitas de reacções adversas.

«Este facto não significa necessariamente que essas reacções tenham sido causadas pela vacina. Na verdade, poderá tratar-se de uma mera coincidência temporal», ressalva o Infarmed no documento.

Das 28 notificações registadas entre 23 e 29 de Novembro, 10 foram consideradas «graves» e 18 «não graves».

«As suspeitas de reacções adversas notificadas são, no geral, sintomas ligeiros e auto-limitados, evoluindo para cura, refere o Infarmed, sublinhando que «não foram identificados riscos que alterem o perfil de segurança da vacina, pelo que a relação benefício-risco se mantém positiva».

O grupo etário dos 31 aos 40 anos foi o que registou maior número de notificações (17), seguindo-se os grupos dos 41 aos 50 anos (13), dos 21 aos 30 (12), dos 51 aos 60 anos (12). Os grupos etários dos 11 aos 20 anos e dos 0 aos dez anos registaram, cada um, quatro casos suspeitos de reacções adversas.

Os sintomas mais frequentemente referidos são mialgias (dores musculares), febre e sintomas febris, dores de cabeça, reacções no local de administração da vacina (dor, inchaço, edema) e náuseas e vómitos.

Em relação aos casos considerados graves, o Infarmed refere a ocorrência de três casos notificados de morte fetal que levaram à hospitalização das mulheres grávidas, sublinhando que a «relação entre a administração da vacina» e a morte fetal «é considerada altamente improvável».

No boletim informativo, o Infarmed reitera que a notificação de suspeitas de reacções adversas à vacina deve ser feita do Sistema Nacional de Farmacovigilância.

Até 26 de Outubro, tinham sido vacinadas em Portugal 96 mil pessoas, o que representa 67 por cento das vacinas distribuídas até 24 de Novembro.

A gripe A (H1N1) já fez 23 vítimas mortais em Portugal.
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