Gripe A: autarquias «têm-se esquecido dos bombeiros» - TVI

Gripe A: autarquias «têm-se esquecido dos bombeiros»

Associação preocupada com o aumento dos casos e exige salvaguarda da profissão «de risco»

A rápida propagação da gripe A em Portugal e o facto de as autarquias «não salvaguardarem» as corporações nos planos de contingência são factores que estão a preocupar a Associação Nacional dos Bombeiros Profissionais (ANBP).

Ao tvi24.pt, o presidente da ANBP, Fernando Curto, revelou que os bombeiros «são um grupo de risco» e que as autarquias «se têm esquecido» deles.

A substituição de bombeiros por outras corporações em casos de quarentena, a aprendizagem em relação ao que fazer quando se identificam infectados e a chegada do Inverno, época em que os casos de gripe A poderão aumentar, são questões que preocupam a associação, de acordo com Fernando Curto.

«Temos recebido centenas de telefonemas dos nossos associados preocupados com a situação», revelou o responsável, que apontou já terem sido feitas várias reuniões com as corporações de todo o país a manifestar estas preocupações.

A preocupação com os bombeiros voluntários, que devem ser salvaguardados pelas associações de bombeiros, foi também uma questão abordada, pois têm menos protecção.



«Deviam existir visitas de médicos todos os dias»

«As câmaras têm que entender. Estão a tratar os bombeiros como cidadãos normais e não como agentes de socorro que têm que ter outros cuidados», lamenta o presidente da ANBP.

Para além das medidas e preocupações expostas pela associação representante dos bombeiros profissionais, Fernando Curto realça ainda que «deviam existir visitas de médicos, todos os dias, para fazer a triagem ao estado de saúde dos bombeiros» para que estejam prevenidos.

A distribuição de stocks de máscaras, desinfectantes e outros meios de prevenção foi uma outra medida exigida pelos bombeiros.

O tvi24.pt contactou a Associação Nacional de Municípios Portugueses, mas até agora não foi possível obter uma resposta.
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