Gripe A: número de casos sobe para 61

ACTUALIZADA ÀS 21h47

O número de casos de gripe A em Portugal subiu para 61, com quatro novos casos confirmados nas últimas 24 horas. Um dos pacientes é pai de uma criança que já estava infectada e que frequenta o externato das Pedralvas, em Lisboa, encerrado esta terça-feira, precisamente para evitar a propagação do vírus H1N1.

De acordo com o site da Direcção Geral de Saúde, o homem, de 33 anos, está internado no Hospital Curry Cabral, em Lisboa. «Um dos casos corresponde a uma mulher de 51 anos, vinda de Itália, que está no Hospital Curry Cabral, e o outro é um menino de 9 anos, proveniente da República Dominicana, que se encontra nos Hospitais da Universidade de Coimbra», acrescenta a nota.

Na última hora foi rectificado o número de casos com um bebé de 2 anos, regressado de Palma de Maiorca, que está hospitalizado na unidade de São João, no Porto.

O secretário de Estado da Saúde, Manuel Pizarro, confirmou esta quarta-feira o encerramento durante duas semanas do externato das Pedralvas. Entretanto, uma creche nos Açores também foi encerrada.

A Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap) criticou esta quarta-feira a decisão dos pais do menino infectado no externado das Pedralvas em enviá-lo para a escola com sintomas de gripe, depois de terem regressado do México.

«É reprovável que alguém vindo de um país onde a gripe tem tido uma grande progressão, tenha chegado a Portugal e não se tenha preventivamente submetido a um rastreio», disse o presidente da Confap, Albino Almeida, em declarações à Lusa.

Esta quarta-feira, a ministra da Saúde, Ana Jorge, falou sobre o caso de uma escola em Mem Martins, onde foi detectado um caso da doença, dizendo, citada pela Lusa, que se trata de «um caso isolado», e que por isso a escola não foi encerrada.

O primeiro-ministro, por seu lado, lançou um apelo à confiança no Serviço Nacional de Saúde (SNS). «O SNS demonstrou agora que sabe responder com profissionalismo e competência a este desafio», disse José Sócrates, citado pela Lusa, afirmando que não há razões para alarmismo.