Jovens que assaltaram comboio sujeitos a apresentações periódicas

Os três jovens detidos no sábado, por desacatos e assaltos num comboio na Linha de Cascais, vão ficar sujeitos a apresentações periódicas na esquadra de residência.

«Por serem menores de idade (um com 16 anos e os outros dois com 17), foi-lhes aplicada a medida de coacção de apresentações periódicas na esquadra da área de residência», disse à Lusa fonte da PSP, adiantando que os jovens foram segunda-feira presentes em tribunal.

No sábado à noite, um grupo de cerca de 40 pessoas provocou o alarme num comboio na Linha de Cascais, com assaltos e desacatos num comboio que circulava no sentido Lisboa-Cascais, sendo que 15 foram levados para a esquadra e só três ficaram detidos.

O grupo era oriundo de Sacavém e terá entrado numa das estações próximas das praias da linha de Cascais, começando a provocar desacatos e a fazer ameaças, tendo feito pelos menos dois roubos, explicou o oficial de serviço no Comando Metropolitano da PSP de Lisboa.

«Furtaram uma bolsa com dinheiro e um telemóvel, segundo as testemunhas ouvidas, mas admitimos que possa ter havido mais roubos, porque as pessoas foram saindo nas estações», adiantou.

Polícias à civil entraram no comboio, em Algés, e conseguiram por fim à situação, que acabou com vários jovens a serem levados pela polícia, já em Alcântara.

No total 15 indivíduos do grupo foram levados para a esquadra do Calvário e os restantes fugiram. Três ficaram detidos depois de ouvidos os testemunhos de alguns lesados que apresentaram queixa.

Outros quatro foram identificados por pessoas lesadas como tendo participado nos distúrbios, mas sendo menores de 16 anos foram entregues aos pais, depois de feita a participação por actos ilícitos.

Os outros detidos foram identificados e depois libertados pela polícia.

As ameaças aos passageiros, segundo as testemunhas que foi possível ouvir, terão sido sem armas mas «com acção física».

Incidente foi «empolado»

O director nacional da PSP afirmou que os desacatos foram «um pouco empolados» pela imprensa, embora reconheça que o caso é «preocupante».

«Aquele assunto (assaltos no comboio) foi um pouco empolado, o número de pessoas não era aquele que foi referido na comunicação social, foram menos. De qualquer maneira é preocupante», afirmou Oliveira Pereira.

«Tudo o que seja alterações à ordem pública» merece a atenção da PSP, asseverando o director nacional da instituição que houve um «reforço mínimo» no policiamento na zona.