Mais de uma em cada cinco pessoas foi infetadas com H1N1 em 2009 - TVI

Mais de uma em cada cinco pessoas foi infetadas com H1N1 em 2009

Vacina H1N1

Conclusão é de um estudo que confirma que o vírus era altamente contagioso

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Mais de uma em cada cinco pessoas terão sido infetadas com o vírus H1N1 durante a pandemia gripal de 2009-2010, embora oficialmente esta tenha causado menos mortes que uma simples gripe sazonal. A conclusão é de um estudo divulgado esta sexta-feira.

A investigação, conduzida pelo Imperial College de Londres e pela Organização Mundial de Saúde (OMS), mostra que 20 a 27 por cento das populações analisadas em duas dezenas de países foram infetadas pelo H1N1, o que vem confirmar que o vírus era altamente contagioso.

Publicado na revista especializada Influenza and Other Respiratory Viruses, e citado pela Lusa, o estudo resulta da análise de 27 trabalhos realizados em 19 países afetados pela pandemia, entre os quais numerosos países europeus - como Portugal -, os Estados Unidos, a China e a Índia.

No total foram analisadas 90.000 amostras de sangue para procurar os anticorpos específicos do vírus H1N1. O estudo realça ainda que os mais jovens foram globalmente os mais infetados, com uma taxa de 47 por cento na faixa etária dos cinco aos 19 anos, quando apenas 11 por cento dos maiores de 65 anos foram atingidos pelo vírus.

«A nossa análise demonstra que cerca de 24 por cento das populações dos países dos quais existem dados (sobre a infeção) foram infetadas na primeira vaga da pandemia, com uma incidência que atinge os 50 por cento nas crianças em idade escolar», escrevem os investigadores no artigo.

O vírus H1N1 causou preocupação em todo o mundo durante vários meses, após o alerta pandémico lançado pela OMS a 11 de junho de 2009 ¿ o primeiro do século XXI ¿, depois do registo de várias dezenas de mortos no México.

O alerta, que levou a campanhas de vacinação em numerosos países contra a designada gripe A, foi levantado pela OMS em agosto de 2010.

De acordo com o balanço oficial da Organização Mundial de Saúde, a pandemia causou 18.500 mortos, quando a gripe sazonal provoca entre 250.000 e 500.000 mortos anualmente.

Mas para os autores do estudo, «no momento final da pandemia, em agosto de 2010, o número de casos e de mortes registados pela OMS não representava mais do que uma pequena fração do verdadeiro balanço da infeção e da mortalidade provocados pelo H1N1».
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