Marinha admite que está a «cumprir mínimos» - TVI

Marinha admite que está a «cumprir mínimos»

Tridente (José Sena Goulão/Lusa)

Mas chefe do Estado-maior da Armada diz que forças estão aptas a fazer «serviços máximos»

O chefe do Estado-maior da Armada afirmou esta segunda-feira que a Marinha está a fazer menos exercícios no mar, por razões orçamentais, mas está a «cumprir os mínimos indispensáveis» e apta a «fazer serviços máximos» se necessário.

Por sua vez, o ministro da Defesa considerou que não faz sentido criar um «clima de alarmismo» sobre a situação das Forças Armadas» e declarou que «os portugueses podem estar tranquilos que as Forças Armadas estarão em condições, e a Marinha em particular, de responder, se necessário».

O almirante José Saldanha Lopes e o ministro José Pedro Aguiar-Branco fizeram estas declarações na Base Naval de Lisboa, no Alfeite, que recebeu hoje a visita do primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho.

Antes, questionado pela comunicação social, Pedro Passos Coelho tinha assegurado que «as missões das Forças Armadas e da Marinha portuguesa não estão em causa», remetendo esclarecimentos detalhados para o chefe do Estado-maior da Armada e para o ministro da Defesa.

José Saldanha Lopes afirmou então aos jornalistas que está a ser cumprido o compromisso que assumiu com a tutela de que «a Marinha, com o orçamento que tinha, ia cumprir os mínimos indispensáveis para poder manter a sua prontidão e para poder continuar a ter o mínimo de certificação e qualificação em todas as suas áreas».

Saldanha Lopes acrescentou que a situação atual «obriga a menos exercícios no mar», mas que «os mínimos estão assegurados» por parte da Marinha.

Questionado se a Marinha está em «serviços mínimos», o chefe do Estado-maior da Armada negou: «Não é bem serviços mínimos, porque também podemos fazer serviços máximos, quando forem requeridos».

O almirante apontou como exemplo a resposta dada no caso da «Operação Manatim», no golfo da Guiné: «A prontidão era de 48 horas e os navios saíram em 36 horas. Isto mostra bem a capacidade que existe na Marinha».

No mesmo sentido do que tinha afirmado o primeiro-ministro, Aguiar-Branco assegurou que «as missões essenciais feitas pelas Forças Armadas em geral e pela Marinha em particular estão asseguradas».

«É evidente que há prioridades, há opções que são tomadas, mas sem pôr em causa a essência do que tem de ser feito, precisamente para salvaguardar operações que tenham de ser feitas no futuro», reforçou.
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