Nove anos de prisão por tentar matar família à marretada - TVI

Nove anos de prisão por tentar matar família à marretada

Justiça

Tribunal considera que arguido sofre de «entorse de carácter», no entanto tinha noção dos actos que praticou

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O Tribunal de São João Novo, no Porto, condenou esta sexta-feira o homem que tentou matar a mulher e o filho com uma marreta a nove anos de prisão, adianta a Lusa.

O colectivo de juízes deu como provado que o arguido decidiu matar o filho de 31 anos pela mera suposição de que este não era seu descendente. Munido de uma marreta e aproveitando o facto de o filho estar a dormir, dirigiu-se ao quarto e desferiu-lhe um número indeterminado de pancadas na cabeça. A esposa surgiu no quarto e foi também atacada pelo arguido.

«O arguido agiu com intenção de produzir a morte das vítimas cujas cabeças quis atingir», refere a sentença. O colectivo teve em consideração a «especial censurabilidade» dos factos praticados pelo arguido que «agiu com frieza de ânimo», utilizou «tão violento instrumento» e escolheu «uma altura em que a vítima estava vulnerável».

Apesar do «cenário horrível», o tribunal considerou que o arguido sofre de uma «entorse de carácter» pelo que tem uma «diminuição da imputabilidade». Ainda assim, de acordo com o relatório psiquiátrico, o homem era capaz «de avaliar a ilicitude dos factos que praticava».

O arguido foi ainda condenado ao pagamento de 20 mil euros correspondentes ao pedido de indemnização civil apresentado pela esposa e de 55 mil euros para o filho ainda em estado vegetativo.

«Neste caso a celeridade da justiça foi contra a justiça» lamentou a juíza presidente no processo para quem «daqui a uns meses poderíamos estará julgar um homicídio qualificado» e não apenas na sua forma tentada.
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