Papa: António Costa defende tolerância de ponto em toda a capital - TVI

Papa: António Costa defende tolerância de ponto em toda a capital

Autárquicas: António Costa em campanha

Autarca considera que, por razões de segurança, vão existir muitas restrições à circulação na cidade

Relacionados
Os funcionários da autarquia lisboeta vão ter tolerância de ponto no dia da visita do Papa Bento XVI à capital e o presidente da Câmara alertou que as restrições de trânsito não serão compatíveis com «o normal funcionamento da cidade».

A Câmara de Lisboa vai acompanhar a decisão do Governo de atribuir tolerância de ponto durante a visita do Papa, mas o autarca da capital considera que «vai haver ao nível de toda a cidade» essa tolerância.

«Tem de existir, porque o dia 11 vai implicar muitas restrições, por razões de segurança, à circulação na cidade de Lisboa. Se não forem tomadas medidas, torna-se muito complicado compatibilizar os cortes de trânsito com o normal funcionamento da cidade», afirmou António Costa à Lusa.

Fora desta tolerância vão ficar os funcionários municipais das áreas de protecção civil, bombeiros, polícia municipal, serviços de tráfego e de limpeza e higiene urbanas, que estarão «mobilizados a 100 por cento» para a visita de Bento XVI.

De acordo com António Costa, não há «uma contabilidade total» acerca dos custos da visita para a autarquia, que está a fornecer «toda a colaboração» solicitada do ponto de vista «logístico e operacional».

Para o presidente da Câmara de Lisboa, tratou-se de uma «coincidência feliz» que a missa papal se realize no Terreiro do Paço, numa altura em que está a ser concluída a fase de requalificação do piso da praça.

«Foi um importante estímulo para que as obras se concluíssem no prazo previsto», considerou.

António Costa vê numa outra coincidência, a da visita do Papa com a comemoração do centenário de uma República com uma raiz anti-clerical, um «bom sinal» dos tempos.

«É bom sinal que no mesmo ano possamos receber Sua

Santidade e possamos também comemorar o centenário. Hoje, felizmente, a leitura que todos fazemos do fenómeno espiritual e o que a própria Igreja mudou ao longo deste século, permite-nos conviver com tolerância. Essa é uma das marcas importantes da cidade de Lisboa», argumentou.

A autarquia vai entregar as chaves da cidade ao Papa, a distinção máxima reservada a chefes de Estado, mas essa será apenas a honraria oficial.

«Creio que a grande honra será a forma como a população da cidade receberá o Papa», concluiu.
Continue a ler esta notícia

Relacionados