Praias: defendida vigilância fora da época a cargo de concessionários - TVI

Praias: defendida vigilância fora da época a cargo de concessionários

Praia

Associação Nacional de Bombeiros Profissionais diz que segurança deveria ser garantida durante todo o ano

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A Associação Nacional de Bombeiros Profissionais (ANBP) defendeu esta segunda-feira que os concessionários das zonas balneares devem acautelar e suportar financeiramente os custos da vigilância nas praias fora da época balnear oficial, noticia a Lusa.

«Os concessionários terão de ter essa responsabilidade. Na esmagadora maioria das praias, os concessionários deviam garantir vigilância todo o ano, não só na época balnear», afirmou à agência Lusa o presidente da ANBP.

Fernando Curto considera que a «responsabilidade financeira» pela vigilância das praias fora da época balnear deve ser «directamente imputada aos concessionários, sempre supervisionados pelas entidades competentes».

No sábado, a Federação Portuguesa de Concessionários de Praia e a Liga dos Bombeiros Portugueses defenderam a necessidade de as praias serem vigiadas pelas estruturas de socorro fora da época balnear oficial, que começa a 1 de Junho.

No último fim-de-semana, de acordo com dados oficiais, morreram três pessoas nas praias portuguesas, uma encontra-se desaparecida e uma criança ficou gravemente ferida.

«Os concessionários terão de assumir durante todo o ano o que é uma realidade fluvial e uma realidade de exploração comercial. Faz-me lembrar um pouco os incêndios florestais, quando há umas épocas havia data para os incêndios. Agora já não há, felizmente», comparou Fernando Curto.

«Não nos parece que sejam verbas avultadas, se os concessionários se puderem organizar com as entidades responsáveis para que antes do período oficial do Verão possam ter também disponíveis alguns meios para garantir a segurança», sublinhou.

De acordo com o presidente da ANBP, «os preços praticados» por estes bares e restaurantes nas zonas de praia permitem suportar os custos dos nadadores salvadores e ainda ter «a sua quota de lucro».

«Parece-me que há uma fuga desta área comercial por essa responsabilidade (de vigilância)», considerou.

O presidente da Federação Portuguesa de Concessionários de Praia referiu que, apesar de os concessionários dos estabelecimentos serem responsáveis por contratar os nadadores salvadores, não têm meios e conhecimentos técnicos para assegurar o controlo da situação fora da época balnear.
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