Vulcão: há quem pague três mil euros para regressar a casa - TVI

Vulcão: há quem pague três mil euros para regressar a casa

Carros alugados são uma solução para retornar ao país de origem

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Passageiros retidos no aeroporto de Faro estão a pagar até três mil euros para regressar em carro de aluguer ao país de origem, uma solução para enfrentar o cancelamento de voos devido às cinzas do vulcão islandês.

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O responsável pela Hertz no Algarve afirmou à Lusa que, até ao momento, registou 15 viaturas requisitadas em Faro e que são entregues no estrangeiro, um serviço de aluguer denominado «one way» e que custa entre 2500 a três mil euros naquela empresa de aluguer de viaturas.

«Muitos dos passageiros retidos no aeroporto estão a optar pelo one way para chegar a França, Bélgica ou Alemanha e a taxa de retorno que têm de pagar varia entre 2500 e três mil», explicou Jorge Silva.

Uma funcionária de uma empresa alemã de aluguer de automóveis, a Sixt, revelou que cerca de 20 turistas optaram pelo «one way» e que até «já esgotaram o stock».

«Neste momento, já nem estamos a fazer o one way, porque não temos frota suficiente para ter mais carros espalhados pelo estrangeiro», afirmou Ana Dias, acrescentando que os pedidos para o «one way» continuam a chegar, nomeadamente para a Holanda, França, Espanha e Alemanha.

Também na Avis, o «one way» é um dos serviços requisitados, a par dos pedidos para «prolongamento do aluguer do carro no Algarve», de acordo com o responsável pela Avis no Algarve.

«Perante este fenómeno da natureza, as pessoas vêem-se obrigadas a prolongar a estadia no Algarve e têm de dilatar o aluguer dos automóveis, mas também existe procura para levar o carro para o estrangeiro. Temos registo de uns 20 carros que viajaram para o exterior», referiu Jorge Ramos.

Várias dezenas de passageiros estrangeiros retidos no Algarve optaram por sair do país de autocarro, mas enfrentam em Faro longas filas de espera junto dos balcões da Eva Transportes, empresa interurbana de autocarros que desde as 9:00 só emitiu bilhetes para o estrangeiro.

«Isto nunca esteve assim e temo que a capacidade de resposta nem sempre seja possível», sustentou uma funcionária da EVA, Inácia Morgado.

No Aeroporto Internacional de Faro, «seis pessoas dormiram naquela estrutura» e não houve «nenhum registo de pedido de apoio», declarou o director António Correia Mendes, garantindo que se for registado será reencaminhado para a Protecção Civil.

Apesar das dezenas de voos cancelados, os voos nacionais continuam a manter-se no Aeroporto de Faro, que também está a receber voos das ilhas Canárias ou de Cancun, no México.
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