Mulher contrata homicidas para matar ex-marido - TVI

Mulher contrata homicidas para matar ex-marido

Polícia Judiciária (Arquivo)

Suspeita negociou pagamento de 20 mil euros para ter acesso a fortuna de centenas de milhares de euros

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A Polícia Judiciária destruiu o plano que uma mulher 41 anos orquestrou para matar o marido. A agora detida contratou dois homens para levarem a cabo o crime e chegou a pagar 10 mil euros, em duas tranches. A contratação de homicidas a soldo não é frequente em Portugal, mas não é inédita. Esta segunda-feira uma outra mulher foi condenada pelo mesmo crime.

O caso comunicado pela Polícia Judiciária está relacionado com «não só com motivos passionais, mas também com bens materiais. Existem indícios de que a mulher teria intenção de ficar com os bens do ex-marido avaliados em centenas de milhares de euros», disse ao tvi24.pt fonte da PJ.

A mulher, residente em Ovar, terá acordado o pagamento total de 20 mil euros a dois homens de 51 e 73 anos para matarem o ex-marido. Os dois suspeitos, agora detidos, terão tentado, mas falhado a morte do homem. Um dos suspeitos é também de Ovar, mas o suspeito mais velho é residente na zona de Trancoso e tem já «largas referências policiais». Os três estão ainda a ser ouvidos pelas autoridades.

Esta quinta-feira, desta vez, em Pombal, o tribunal condenou uma mulher a quatro anos de prisão, com pena suspensa por igual período, pela tentativa de homicídio, na forma tentada, do seu ex-marido.

O homem com quem Arminda Ferreira mantinha à data dos factos um relacionamento amoroso, Gil Lourenço, foi igualmente condenado pela coautoria do crime. Durante o julgamento ficou provado que em 2008 ambos terão contactado uma pessoa para matar Diamantino Roda.

O indivíduo pediu 10 mil euros, mas garantiu sempre que nunca teve a intenção de praticar o homicídio, apesar de ter recebido 1.500 euros, tendo alegado às autoridades que o fez por viver dificuldades económicas.

Mais tarde, o homem acabou por denunciar os mandantes à PSP, Arminda Ferreira e Gil Lourenço, que, segundo os juízes que julgaram o caso, «agiram de forma voluntária e consciente».

O julgamento em Pombal tinha cinco arguidos sobre os quais pendiam desde acusações de homicídio na forma tentada, até à violência doméstica e ofensas à integridade física. A companheira de Diamantino Mota, Maria da Saudade Santos, foi condenada pelo crime de ofensa à integridade física e a uma pena de prisão de 170 dias substituída pelo pagamento de 1.190 euros.

Segundo os juízes, ficou provado que Maria da Saudade Santos agrediu Arminda Ferreira. Foi ainda obrigada ao pagamento de uma indemnização de 108 euros relativo à despesa médica efetuada aquando do tratamento recebido no Centro Hospitalar Leiria-Pombal.

Os restantes arguidos foram absolvidos.
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