Professores: contestação «não vai abrandar», diz FNE - TVI

Professores: contestação «não vai abrandar», diz FNE

Maria de Lurdes Rodrigues, ministra da Educação

Medidas de simplificação anunciadas não representam nenhuma alteração significativa

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A Federação Nacional dos Sindicatos da Educação (FNE) assegurou esta quinta-feira que a contestação dos professores «não vai abrandar», já que as medidas de simplificação anunciadas não representam nenhuma alteração significativa do modelo de avaliação de desempenho, noticia a Lusa.

«Não vimos sinais da parte do Governo que possam fazer abrandar a contestação. Não há nenhuma razão para alterar o calendário das acções de luta», afirmou o secretário-geral da FNE.

Em declarações à Lusa, João Dias da Silva considerou que as alterações anunciadas hoje pela ministra da Educação não representam «nenhuma mudança de paradigma», mantendo-se, no essencial, «um modelo de avaliação eminentemente punitivo, que serve apenas para impedir que a maioria dos professores possa progredir na carreira e chegar aos patamares mais elevados de remuneração».

Ministra da Educação apresenta versão simplificada

«O Ministério da Educação já fez uma primeira simplificação [em Abril] e agora faz uma segunda. Admite-se que daqui a dois ou três meses tenha de fazer outra, sem que reconheça que é o próprio modelo de avaliação que está errado», criticou.

Para o secretário-geral da FNE, os motivos subjacentes às principais críticas dos sindicatos mantêm-se, nomeadamente no que diz respeito aos professores avaliadores, a quem não é reconhecida «formação e preparação científica e pedagógica» para desempenhar o papel.

«Há uma claríssima falta de confiança neste modelo, que permite que avaliadores e avaliados possam, muitas vezes, concorrer para os mesmos lugares, nomeadamente ao nível das vagas para professor titular, o que não garante a isenção e transparência do processo», alertou João Dias da Silva.
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