Assaltos violentos a ourivesarias marcam 2010

Este foi um ano marcado por muitos assaltos a ourivesarias, a maioria deles com recurso a grande violência. O maior número de roubos foi registado nos últimos dois meses. A crise pode ser a explicação.

No início de Dezembro, Algés, as imagens do sistema de videovigilância mostraram o quanto um assalto pode ser violento. Um grupo de homens de cara tapada entrou na ourivesaria e disparou para afastar proprietário e clientes. Este foi o quarto assalto à mesma loja.

Dias depois é a vez de uma outra ourivesaria no Cascais Shopping. O ataque dá-se de madrugada, mas os assaltantes fugiram apenas com meia dúzia de peças de valor.

A moda pega e na véspera de natal, também num centro comercial de Lisboa, um grupo de homens foge com 200 mil euros em relógios de luxo. Dois meses antes a mesma ourivesaria tinha sido assaltada. As câmaras de vigilância mostram os ladrões vestidos de operários a levar 400 mil euros em relógios.

Entre 1 de Novembro e meados de Dezembro a Associação de Ourivesaria e Relojoaria registou 53 assaltos. A maioria com recurso a violência, como o que foi registado em Alenquer. Em apenas cinco minutos agrediram com pés de cabra a proprietária e outra mulher. O assalto ocorreu em plena luz do dia e rendeu quase um milhão de euros.

As autoridades têm também registado um acréscimo no número destes episódios. A crise, a proximidade da época do Natal ajudam a explicar o aumento nos últimos meses, mas 2010 fica em definitivo marcado por assaltos a ourivesarias.

Em Fevereiro um ourives e a filha de Torres Vedras foram agredidos à marretada e a pontapé. Em Lisboa corria o mês de Abril quando duas pessoas foram feitas reféns durante um roubo. Os ladrões fugiram sem serem identificados.