Carlos Cruz diz que acórdão revela «total ausência de prova» - TVI

Carlos Cruz diz que acórdão revela «total ausência de prova»

Ex-apresentador explica em 12 pontos as «falhas» do acórdão do tribunal

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Carlos Cruz enviou ao final da tarde desta quarta-feira um novo comunicado de reacção ao acórdão da Casa Pia, que o sentenciou a sete anos de prisão efectiva. Na declaração, o ex-apresentador de televisão explica em 12 pontos que há uma «total ausência de prova» na sua condenação.

Num primeiro ponto, a defesa de Cruz explica que apesar das centenas de testemunhos em tribunal, existem depoimentos «contraditórios e incoerentes» quer das vítimas quer de Carlos Silvino. «A condenação baseia-se apenas nos testemunhos de três jovens da Casa Pia de Lisboa reconhecidos pelo tribunal como testemunhos incoerentes e com contradições», afirma Cruz.

O ex-apresentador volta ainda a explicar o erro já denunciadoreferente à alteração de datas não comunicada e que deverá agora servir de base para um recurso no Tribunal da Relação. Este erro pode vir a anular este capítulo do acórdão ou até levar à repetição desta parte do julgamento.

Sobre as chamadas telefónicas, o comunicado alegada que existiu uma ausência de exame às chamadas telefónicas. «Quantos aos meus 16 telemóveis é apenas mais uma ficção como prova: tiveram todo o tempo para analisarem todas as chamadas recebidas por Carlos Silvino e pelos assistentes. Facilmente concluiriam que não existe nenhuma feita dos números atribuídos aos meus telemóveis», sustenta.

Carlos Cruz invoca ainda mais uma imprecisão, alegando que o acórdão diz que o ex-apresentador conhecia Jorge Ritto, mas que tal afirmação revela dois erros revela dois erros: «a) o Tribunal tem uma total ignorância da forma como funciona uma Assembleia-geral das Nações Unidas e do trabalho dos diplomatas e afirma que «não é um comportamento normal; b) se o Dr. Jorge Rito me foi apresentado em 1975 como é que o Tribunal fala dele como o dono da casa que eu frequentava em 1982?».

O comunicado diz ainda que o tribunal «desvaloriza de milhares de documentos indiscutíveis» usou uma «pré-convicção» e que esta é uma «sentença meramente subjectiva».
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