Criminalidade: «Alguma atenção» aos imigrantes - TVI

Criminalidade: «Alguma atenção» aos imigrantes

Defendeu o secretário-geral do Sistema de Segurança Interna na apresentação do RASI

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O secretário-geral do Sistema de Segurança Interna (SSI), Mário Mendes, defendeu esta quinta-feira que as autoridades têm que «seguir com alguma atenção» a ligação do crime às comunidades imigrantes, noticia a Lusa.

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Ressalvando não estar a fazer qualquer «associação directa», o secretário-geral do SSI referiu que muitas das comunidades imigrantes vivem nos centros urbanos, não estão integradas e numa situação de crise «diminuiu a capacidade de acolhimento do Estado».

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«Se esta capacidade se esgota, há o risco de estas comunidades poderem cometer crimes. Com a agravante de importar modelos de crime dos países de origem», alertou.

O juiz conselheiro Mário Mendes falava na cerimónia de apresentação do Relatório de Segurança Interna, que indica um aumento de 10,8 por cento na criminalidade violenta e uma subida de 7,5 por cento da criminalidade em 2008 geral face a 2007.

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Mário Mendes destacou também o aumento das armas de fogo nos assaltos e a repetição dos locais do crime, como os bancos que são mais do que uma vez roubados. «As armas de fogo são cada vez mais utilizadas nos assaltos», disse Mário Mendes, que adiantou ainda que verifica-se com «frequência» o recurso à imitação de armas, nomeadamente de plástico, mas tal não «diminuiu a gravidade do fenómeno», uma vez que a «vítima enraíza na consciência que está perante uma arma de fogo».

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Mário Mendes justificou aumento da criminalidade com as alterações no dispositivo territorial da GNR e da PSP realizadas em Março de 2008. De acordo com o secretário-geral do SSI, a «necessidade de adaptação» do dispositivo foi «aproveitada pela prática de um maior número de crimes».

«Novidades não são boas», diz ministro

Por sua vez, o ministro da Administração Interna, Rui Pereira, realçou que «o primeiro alvo a combater é o crime violento e grave» e destacou que as forças de segurança «estão preparadas para responder à criminalidade».

Na «criminalidade as novidades não são boas, os números inspiram preocupação», disse Rui Pereira, fazendo ainda uma comparação com os dados de 2007 e 2006. Segundo Rui Pereira, a criminalidade grave e violenta desceu 10,5 por cento em 2007 face a 2006.

«Em 2008 perdemos aquilo que tínhamos conquistado em 2008. A ambição é repetir o bom resultado de 2007», realçou. O ministro afirmou também que Portugal continua «a ser um país seguro», sendo «apenas ultrapassado pela Irlanda» no contexto europeu.
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