Escola do primeiro ciclo em risco de derrocada - TVI

Escola do primeiro ciclo em risco de derrocada

Sociedade

Castanheira do Ribatejo: petição pública alerta para risco em caso de enxurrada

Munícipes e autarcas de Vila Franca de Xira alertaram esta terça-feira para problemas estruturais no edifício da Escola EB1 e jardim-de-infância de Castanheira do Ribatejo.

Numa petição online, os subscritores alertam para o risco de danos, caso chova em demasia: «A derrocada da escola EB1 é previsível, quando houver uma tromba de água ou uma enxurrada», refere o texto da petição.

Segundo Jaime Pereira, mentor da petição, os problemas terão sido causados pela «obra que foi autorizada para a construção de vários fogos, que removeu as terras envolventes da escola e alterou o leito do rio» vizinho, onde foram colocadas «milhares de pedras soltas, algumas delas com toneladas».

A escola foi inaugurada em Setembro de 2006 mas, «passado pouco tempo começou a abrir brechas no seu interior e o recreio abateu», refere o promotor.

Na ocasião, a Câmara de Vila Franca de Xira detectou alguns problemas mas o caso continua a preocupar a comunidade escolar e os autarcas locais.

O presidente da Junta de Freguesia, Ventura Reis, diz acreditar que a estrutura da escola não está em causa, mas alerta para «as alterações feitas à linha de água por causa das obras da segunda fase da urbanização da Cevadeira».

Estas obras «podem não ser muito perigosas, mas é preciso tomar medidas de protecção da escola», avisou.

«Tem que ser feita uma muralha, a escola tem que ser protegida para que pais, alunos e professores estejam mais tranquilos», acrescentou o autarca.

Por seu turno, a Câmara de Vila Franca de Xira assegura que os relatórios técnicos não referem ligação entre as fissuras e abatimentos detectados na escola e as obras realizadas na ribeira por causa da urbanização e que não está em causa a estrutura do edifício.

Segundo o vice-presidente do município, Alberto Mesquita, foi pedido um estudo ao Instituto de Investigação e Desenvolvimento Tecnológico em Ciências da Construção, da Universidade de Coimbra, que refere que «não há causa-efeito em relação aos trabalhos realizados na ribeira».

O autarca acrescenta que «os abatimentos na escola têm a ver com o facto de ter sido construída numa zona de aterro que não se consolidou e de na zona do recreio não ter sido colocada estacaria, porque foi considerado que não era necessário, mas agora consideramos que foi um erro».

Quanto às pedras que se encontram nas margens da ribeira, Alberto Mesquita referiu que «quando o tempo estiver seco, aquelas pedras serão reparadas e terá que ser feita uma outra manutenção».
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