Madeira: «Certamente cometi erros» - TVI

Madeira: «Certamente cometi erros»

Funchal, uma semana depois da tragédia (Filipe Caetano/tvi24.pt)

O secretário do Equipamento Social da Madeira admitiu erros «corrigíveis»

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O secretário do Equipamento Social da Madeira admitiu este sábado que possam ter sido cometidos erros «corrigíveis» no ordenamento do território da ilha, prometendo que serão aplicadas no processo de reconstrução as lições das cheias que afectaram a região.

«Certamente cometi erros, mas o balanço do que se fez ao longo de todo o processo de desenvolvimento e o progresso da Madeira é francamente positivo» pelo que os «eventuais defeitos que haja na ocupação do solo neste território são corrigíeis», disse Santos Costa à agência Lusa exactamente um mês após a intempérie que assolou a região.

Utilizando a máxima que «errar é humano», o governante realça que começaram a ser cometidos este tipo de erros têm sido cometidos ao logo de 600 anos, desde o inicio da colonização da Madeira, mas, tendo em conta o desenvolvimento e qualidade de vida na região «o saldo ao longo deste tempo é positivo».

«Nessa medida, não sinto que seja responsável por nada do que possa ter acontecido em termos de efeitos. Certamente não sou perfeito», acrescenta.

Na sua opinião, os «eventuais defeitos que haja na ocupação do solo são corrigíeis» e as autoridades «saberão colher as lições que estas cheias trouxeram em relação aos aspectos menos conseguidos da nossa intervenção no território».

«Não fizemos tudo bem, mas o que fizemos não foi a causa daquilo que nos aconteceu, que é um fenómeno da natural», realça, sublinhando ser impossível a Madeira ficar totalmente defendida deste tipo de fenómenos, pelo que «as coisas só podem ser melhoradas através duma ocupação correta do território».

Santos Costa adianta que a reconstrução das infra-estruturas que foram atingidas pelo temporal é uma das prioridades, mas defende a «reposição numa perspectiva de futuro» de modo a «prevenir eventos futuros».

As ribeiras, as pontes e outros atravessamentos poderão ter «soluções arrojadas, diferentes das actuais, reduzindo ao máximo a cobertura dos cursos de água para garantir que zonas de vazão funcionem de forma adequada», salienta.
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