Marinho Pinto critica «análise minuciosa» a escutas com Sócrates - TVI

Marinho Pinto critica «análise minuciosa» a escutas com Sócrates

Marinho Pinto

«Isso lembra os tempos de 1975», disse o bastonário da Ordem dos Advogados

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O bastonário da Ordem dos Advogados criticou esta segunda-feira a Comarca do Baixo Vouga pela sua actuação quanto à destruição de escutas envolvendo José Sócrates e disse que a justiça «já está a dar sinais» de seguir critérios partidários.

«Quando uma ordem legítima do presidente do Supremo Tribunal de Justiça ainda vai ser analisada, isso lembra os tempos de 1975, em que os militares ainda iam debater em plenário as ordens da hierarquia», afirmou Marinho Pinto.

O bastonário comentava deste modo declarações proferidas esta segunda-feira à Lusa pelo juiz presidente da Comarca do Baixo Vouga, Paulo Brandão, segundo as quais o juiz de instrução do processo Face Oculta, António Costa Gomes, vai agora fazer uma «análise minuciosa» dos documentos entretanto recebidos.

«A Justiça está politizada e, pior do que isso, está partidarizada», disse ainda o bastonário, que falava aos jornalistas, antes de proferir, na Universidade Portucalense, no Porto, numa conferência sobre segredo de Justiça.

Marinho Pinto lamentou o «arrastar das escutas que envolvem o primeiro-ministro» e disse que «o país espera há seis anos que o cidadão José Sócrates seja acusado ou ilibado».

Neste país, sublinhou, «as coisas passam-se assim e tanto faz ser como o cidadão José Sócrates, como outro qualquer: a Justiça em Portugal não respeita dos direitos fundamentais da pessoa humana».
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