Tornado em Tomar: depois do susto, o regresso às aulas - TVI

Tornado em Tomar: depois do susto, o regresso às aulas

Os 140 alunos do jardim escola João de Deus estavam ansiosos para estarem «uns com os outros»

Os 140 alunos do jardim escola João de Deus, destruído pelo tornado que na terça-feira atingiu Tomar, retomaram esta segunda-feira as aulas em instalações provisórias «desejosos de estarem uns com os outros», disse hoje a directora da instituição.

O tornado, que atingiu vários concelhos do distrito de Santarém, provocou estragos consideráveis naquele jardim escola, em pleno período lectivo, tendo destruído o telhado e provocado ferimentos em alguns funcionários e em 19 crianças, uma delas ainda hospitalizada com uma fractura na perna.

As cerca de 140 crianças do pré-escolar e do 1.º ciclo do jardim escola João de Deus foram transferidas para uma outra escola pertença da instituição, também situada em Tomar e que acolhia cerca de 130 alunos, tendo as instalações físicas disponíveis sido alargadas com o recurso à instalação de três contentores, dois dos quais montados esta manhã.

«Cada turma tem o seu espaço e não haverá acumulação de turmas com o recurso a estes três contentores», disse à Lusa Alzira Peralta.

Segundo referiu, este «é o primeiro dia em que as crianças se reúnem», seis dias após a ocorrência do tornado, estando «desejosas de se reencontrarem, de estarem juntas, de se tocarem e de falarem entre si sobre o que sucedeu».

A responsável disse ainda que hoje «não vai ser um dia normal de aulas», afirmando «privilegiar um dia que é de reencontro». Alzira Peralta acrescentou que «apesar de tudo o que passaram, eles estão contentes por estarem juntos e o dia é dedicado a isso».

A mudança física de instalações não preocupa a responsável da instituição que afirmou que a mudança «não é tão grande como possa parecer», sublinhando que as duas escolas pertencem à mesma instituição, com hábitos e organizações idênticas.

«A orgânica é a mesma, os professores e as educadoras são os mesmos e até a estrutura física da escola é idêntica à que utilizavam», observou.

Alzira Peralta disse ainda que uma equipa de psicólogos do INEM está em «contacto permanente» com a escola e com as crianças, sendo a avaliação das necessidades de acompanhamento efectuadas «caso a caso».
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