Poemas de mulheres distribuídos no Porto - TVI

Poemas de mulheres distribuídos no Porto

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«Palavras de mulheres, vozes de libertação» foi a iniciativa levada à rua pela UMAR

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A União de Mulheres Alternativa e Resposta (UMAR) assinalou ,este domingo, o Dia Internacional da Mulher com uma acção de rua na baixa do Porto, que incluiu a distribuição de poemas escritos por mulheres de várias épocas.

«A ideia é mostrar que a palavra da mulher é uma palavra que orienta para um caminho de liberdade, de justiça e de igualdade», afirmou Maria José Magalhães, líder da UMAR, à Agência Lusa.

Durante esta tarde, elementos da UMAR percorreram várias ruas da baixa portuense distribuindo poemas de autoras como Florbela Espanca, Maria Teresa Horta, Maria Velho da Costa e Inês Lourenço, numa iniciativa intitulada «Palavras de mulheres, vozes de libertação».

A distribuição dos poemas, em panfletos coloridos, começou junto à Estação de Metro da Trindade, estendendo-se depois a ruas como Santa Catarina e Sá da Bandeira, para terminar na Avenida dos Aliados.

«Com esta iniciativa também pretendemos dar visibilidade a estes nomes, que a sociedade patriarcal normalmente desvaloriza, não lhes dando o mesmo valor que aos masculinos», frisou Maria José Magalhães.

A UMAR aproveitou ainda a comemoração do Dia Internacional da Mulher, que se assinala, para divulgar a petição que tem aberta na Internet, no quadro da campanha «Eu não sou cúmplice».

«Esta campanha visa apelar aos homens para que se juntem à luta contra a violência doméstica. Esta luta não é apenas de mulheres, mas de toda a sociedade», afirmou a responsável da UMAR.

A campanha decorre numa altura em que os dados disponíveis indicam que a violência doméstica provocou mais de três dezenas de mortes em 2008.

Em meados de Janeiro, a secretária de Estado da Reabilitação, Idália Moniz, revelou que foram registados em Portugal cerca de 132 mil casos de violência doméstica nos últimos três anos, mas admitiu que estes números apenas correspondem a «30 por cento da realidade».

Apesar de apenas reflectirem um terço da realidade, estes dados indicam que existem cerca de meia centena de vítimas por dia e duas por hora.
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