Equiparar licenciados pré-Bolonha a mestres "nunca esteve em causa", diz ministro - TVI

Equiparar licenciados pré-Bolonha a mestres "nunca esteve em causa", diz ministro

  • CM
  • 25 set 2018, 10:39

Em discussão pública esteve apenas "uma proposta específica da Ordem dos Engenheiros" por causa de concursos internacionais, garante Manuel Heitor

As licenciaturas concluídas antes da reforma de Bolonha não vão ser equiparadas a mestrados para efeitos de concursos ou de prosseguimentos de estudos.

Segundo a edição desta terça-feira do jornal Público, esta alteração, anunciada em março pelo ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, deveria estar incluída no novo regime jurídico, mas não consta do diploma que acabou por ser publicado, em agosto, em Diário da República.

À rádio TSF, Manuel Heitor disse, nesta terça-feira, que a equivalência "nunca esteve em causa" e que em discussão pública esteve apenas "uma proposta específica da Ordem dos Engenheiros" por causa de concursos internacionais.

O ministro lembrou, também, que esta equiparação não foi adotada "em nenhum país europeu" que tenha aderido a Bolonha.

Só nos últimos dez anos antes da aplicação da reforma de Bolonha, em 2006, houve 337.269 licenciados. Isto porque o ano letivo 1996/97 é o último contabilizado pela Direcção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência, nota o Público.

A equiparação das licenciaturas a mestrados teria impacto nos concursos da Administração Pública, numa altura em que as carreiras foram descongeladas.

A tutela assumiu ao Público que a possibilidade de equiparação foi “ponderada”, mas que “a decisão final foi no sentido de não introduzir alterações ao enquadramento legal actualmente vigente nesta matéria”.

“A solução adoptada em Portugal continua a ser igualmente adoptada em todos os países aderentes ao Processo de Bolonha, que também não definiram equiparações entre os anteriores e os novos graus académicos obtidos”, justificou ainda o ministério na resposta ao jornal.

Os licenciados antes de 2006 podem, no entanto, requerer a equiparação mediante um pagamento de algumas centenas de euros às universidades, além de terem de realizar uma dissertação final ou fazer mais algumas disciplinas.

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