Centenas em protesto contra gestão da cidade de Lisboa - TVI

Centenas em protesto contra gestão da cidade de Lisboa

  • AR
  • 24 mar 2018, 18:50
Lisboa: iniciativa Rock in Riot - Ocupar a Rua, Reclamar a Cidade

Em causa está a subida do preço das habitações, o aumento dos despejos e a segurança dos inquilinos

Algumas centenas de pessoas estão este sábado à tarde a manifestar-se contra a política de gestão que os poderes públicos têm aplicado na cidade de Lisboa, nomeadamente em relação à habitação, num protesto organizado pelo grupo Rock in Riot.

Os manifestantes começaram a concentrar-se cerca das 14:00 na Alameda Dom Afonso Henriques, tendo pelas 16:30 iniciado um desfile pela Avenida Almirante Reis, passando pelo Martim Moniz, até à Praça do Intendente, percurso que vai estar cortado ao trânsito pela PSP.

No desfile encontram-se algumas viaturas com grupos musicais, existindo também cartazes em que se lê “não somos especuladores, somos espetadores”, “turistas não são habitantes”, “respeitem as licenças de habitação”, “ocupar as ruas, reclamar a cidade” e ainda “câmara ao serviço dos cidadãos, não ao serviço do dinheiro”.

Segundo a organização – grupo de cidadãos e associações denominado Rock in Riot -, “a modernização de Lisboa nas últimas décadas tem vindo a redesenhar o território metropolitano enquanto um gigantesco negócio”.

Os espaços que outrora eram vividos coletivamente estão agora reconfigurados enquanto mero meio de criar dinheiro e as infraestruturas que visavam organizar a vida coletiva parecem agora apenas organizar a velocidade das interações económicas”, sublinha a nota divulgada pelo Rock in Riot para anunciar a iniciativa de hoje.

Em causa está ainda a subida do preço das habitações, o aumento dos despejos e a segurança dos inquilinos.

“Uma perspetiva alargada da cidade torna claro que o aumento dos preços da habitação é fruto dos negócios partilhados entre a banca, os fundos imobiliários e o poder autárquico. A expulsão das populações mais pobres e marginalizadas do centro, a gestão policial dos bairros das periferias […] ou a privatização de ruas, praças, jardins e teatros municipais não são fenómenos separados, mas constituem a expressão da forma como o espaço urbano se tornou numa máquina produtora de capital”, destacam ainda os organizadores do protesto.

Continue a ler esta notícia