Torres Vedras: mil manifestam-se junto ao hospital - TVI

Torres Vedras: mil manifestam-se junto ao hospital

Urgências do Hospital Garcia de Orta sobrelotadas

Na origem dos protestos está o encerramento da urgência médico-cirúrgica

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Um milhar de pessoas manifestou-se esta sexta-feira junto ao Hospital de Torres Vedras contra a intenção do Ministério da Saúde de encerrar a respetiva urgência médico-cirúrgica.

De acordo com a Lusa, os manifestantes empunharam diversos cartazes, um dos quais com a frase «Pela nossa saúde com urgência», e gritaram várias frases de protesto, como «torrienses unidos, jamais serão vencidos», «a saúde é um direito, sem ela nada feito» ou «Torres sim, Caldas não».

Nesta iniciativa popular, juntaram-se autarcas do CDS-PP, CDU, PS e PSD, a deputada do PCP Rita Rato e funcionários do hospital, trazendo os membros da administração hospitalar à porta da instituição para receber os manifestantes.

Rosa Loureiro, residente na cidade de Torres Vedras, foi uma das pessoas que se juntou ao protesto, porque está contra o encerramento da urgência geral, da urgência pediátrica e da maternidade.

De igual modo, veio Maria João Duarte da freguesia de São Pedro da Cadeira, concelho de Torres Vedras.

Outro dos manifestantes, António Gomes, residente na cidade, disse estar «preocupado com o futuro do hospital por quererem tirar valências» que fazem falta à população.

Por seu turno, Paulo Santos, também da cidade, sublinhou que vive num «concelho grande e se a população tiver de ser atendida nas Caldas da Rainha fica logo no cemitério do Bombarral», a meio caminho.

Um abaixo-assinado, promovido pelos profissionais do serviço de pediatria, conta já com 400 subscritores contra o encerramento da urgência pediátrica, enquanto outro, também surgido dentro do hospital contra o fecho da urgência geral médico-cirúrgica, tem 360 assinaturas.

O presidente da câmara de Torres Vedras entregou à administração do hospital a moção aprovada esta semana pelo executivo contra as medidas que a tutela tenciona tomar.

Uma «causa» criada na Internet em www.causes.com a defender a manutenção das duas urgências e da maternidade contou com a adesão de 1.500 pessoas em três dias.

De acordo com uma proposta da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT), o Ministério da Saúde pretende transformar a urgência médico-cirúrgia do Centro Hospitalar de Torres Vedras (CHTV) em básica, mantendo a urgência médico-cirúrgica das Caldas da Rainha.

Além disso, quer encerrar o bloco de partos e a urgência pediátrica em Torres Vedras, concentrando estes serviços nas Caldas da Rainha, que, por sua vez, perde a ortopedia e a cirurgia em prol de Torres Vedras.

A região Oeste é servida pelo Centro Hospitalar Oeste Norte (Caldas da Rainha), que abrange os concelhos de Alcobaça, Bombarral, Caldas da Rainha, Nazaré, Óbidos e Peniche, e pelo Centro Hospitalar de Torres Vedras, que serve o Cadaval, Lourinhã, Torres Vedras e parte do concelho de Mafra.
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