Covid-19: recuperados vão começar a ser vacinados na segunda fase - TVI

Covid-19: recuperados vão começar a ser vacinados na segunda fase

Comissão Técnica de Vacinação rejeita dar prioridade apenas pela idade na segunda fase, que começa em meados de abril

As pessoas que recuperaram da covid-19 vão começar a ser vacinadas na segunda fase do plano, que arranca em meados de abril, desde que cumpram os requisitos definidos para quem nunca teve a doença.

Segundo Ema Paulino, da Comissão Técnica de Vacinação contra a covid-19, explicou na TVI24, os recuperados deixam de estar excluídos, como está a acontecer na primeira fase.

“Os recuperados vão ser vacinados. Não foram priorizados numa primeira fase porque, perante a escassez, utilizámos o princípio da maximização do benefício e vacinámos as pessoas com maior risco de hospitalização e morte.”

Estes casos, numa segunda fase, vão ser vacinados "de acordo com aquele que vier a ser o seu risco". Ou seja, vão ser vacinadas a partir de meio de abril as pessoas que já tiverem tido covid-19 e que cumpram os seguintes critérios, definidos para a segunda fase do plano:

  1. Pessoas com 65 ou mais anos com ou sem patologias
  2. Pessoas entre os 50 e os 64 anos com pelo menos uma das seguintes patologias:
  • Diabetes
  • Neoplasia maligna ativa
  • Doença renal crónica (TFG > 60ml/min)
  • Insuficiência hepática
  • Obesidade (IMC > 35kg/m2)
  • Hipertensão arterial 

São estes os grupos de "maior risco" de hospitalização e morte, que vão ser priorizados na segunda fase.

Questionada sobre se o critério da idade irá prevalecer na segunda fase, como defende, por exemplo, a Ordem dos Médicos, Ema Paulino respondeu que não será critério único, ainda que conte.

“Muito provavelmente, vamos ter duas estratégias em simultâneo: um grupo que é priorizado de acordo com a idade, mas também pessoas mais jovens com determinadas comorbilidades que representam um risco acrescido de hospitalizações e Cuidados Intensivos."

Ou seja, além do critério de salvar vidas, também o número de internamentos passa a ser essencial para a definição das prioridades.

 “Queremos evitar situações que já passámos de grande utilização das unidades hospitalares.”

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