A vacinação contra a covid-19 terá permitido evitar aproximadamente 700 mortes desde o início de maio, de acordo com estimativas de investigadores do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP).
Segundo o jornal Público, os investigadores estudaram o rácio entre o número de casos e o número de mortes anteriores ao início da vacinação (desde setembro passado até ao início de janeiro deste ano) e, depois, utilizaram as estimativas para calcular o valor esperado de óbitos sobretudo nos grupos populacionais mais idosos, num momento em que já se poderia notar o impacto da vacinação, ou seja a partir de 1 de maio.
“Antes disso, como estávamos confinados, era mais difícil perceber o impacto da vacinação”, uma vez que o facto de permanecermos em casa “também confere protecção” contra a infecção, a doença grave e a morte, explicou ao jornal Milton Severo, epidemiologista e investigador do ISPUP.
Por outro lado, no final de outubro, com um número de novos casos semelhante ao actual, os óbitos diários oscilavam entre 30 e 40, quando na semana passada a média foi de seis a sete mortes por dia. “É cinco vezes menos”, sublinhou o especialista.
Feitas as contas, até meados desta semana, ou seja, em pouco mais de dois meses e meio, terão sido evitadas cerca de 700 mortes, o que comprova a eficácia da vacinação.