Pai e madrasta "fortemente indiciados" pela morte de Valentina - TVI

Pai e madrasta "fortemente indiciados" pela morte de Valentina

Polícia Judiciária e GNR esclareceram contornos do crime ocorrido em Atouguia da Baleia, Peniche. Menina de nove anos foi dada como desaparecida na manhã de quinta-feira, mas terá sido morta no dia anterior

O pai e a madrasta de Valentina, a menina que foi encontrada morta, neste domingo, depois de ter sido dada como desaparecida na quinta-feira, estão "fortemente indiciados" pelo homicídio da criança de nove anos, confirmou a Polícia Judiciária de Leiria, em conferência de imprensa.

Os crimes em causa são "homicídio e ocultação de cadáver".

O pai, de 32 anos, e a madrasta, de 38 anos, foram detidos.

Quando aos indícios, a PJ está "convicta" que Valentina "morreu na habitação" e "tudo indica que [o crime] terá acontecido durante o dia de quarta-feira", tendo o corpo sido transportado para o local onde viria a ser encontrado "ao final do dia".

Na casa, no momento do crime, estavam mais três menores, tendo "uma das crianças", com "11/12 anos", sido ouvida pelas autoridades sobre o que aconteceu. As restantes crianças presentes tinham cerca de "4 anos" e "meses", indicou a PJ, que desc

A causa de morte e as motivações para o crime não foram divulgadas, mas a TVI sabe que Valentina terá sido asfixiada. A PJ revelou, apenas, que Valentina terá sido morta "num contexto de violência", excluindo, por isso, a possibilidade de se ter tratado de um acidente.

O corpo da menina foi encontrado a cerca de cinco quilómetros da habitação, "numa zona de mata da Serra d’el Rei""tapado" por "arbustos", mas "não estava enterrado".

A PJ esclareceu, ainda, que Valentina "não estava referenciada" pela Proteção de Menores como vítima de maus-tratos e que foi referenciada apenas em 2018, quando fugiu de casa do pai para ir ter com a mãe, sendo que os pais estão separados e partilhavam a guarda da criança.

O coordenador da PJ de Leiria, Fernando Jordão, disse, ainda, aos jornalistas que, sem a ajuda da GNR, a Judiciária "não conseguiria recolher informação pertinente e útil para desenvolver o seu trabalho".

"A investigação resulta de uma troca permanente de informação, noite e dia, entre os dois órgãos policiais, o que nos permitiu estabelecer as estratégias que levaram ao desfecho desta investigação", explicou.

Neste agradecimento, a PJ incluiu, ainda, a Proteção Civil, as autarquias, os escuteiros e populares, que ajudaram a procurar Valentina.

No total, "mais de 600 elementos" participaram nas buscas, como indicou o comandante da GNR das Caldas da Rainha, "numa área percorrida de sensivelmente quase 4 mil hectares, palmilhada mais do que uma vez em alguns locais”, embora nenhum deles o sítio onde o corpo viria a ser encontrado.

Segundo, ainda, o capitão Diogo Morgado, a primeira denúncia do desaparecimento foi feita pelo pai no posto de Peniche, na manhã de quinta-feira.

 

 

 

 

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