Dezanove municípios de Lisboa e zona Oeste vão ficar sem recolha de lixo - TVI

Dezanove municípios de Lisboa e zona Oeste vão ficar sem recolha de lixo

  • AR
  • 31 mai 2017, 19:31
Recolha de lixo (Lusa)

Trabalhadores da Valorsul marcam greve de 24 horas para 14 e 16 junho. Em causa está a recusa da atual administração da Valorsul de fazer a publicação integral do Acordo de Empresa

O sindicato representativo dos trabalhadores da empresa de resíduos Valorsul, que serve 19 municípios da grande Lisboa e zona Oeste, anunciou esta quarta-feira a realização de uma greve de 24 horas para os dias 14 e 16 de junho.

A paralisação vai afetar a recolha do lixo nos municípios de Alcobaça, Alenquer, Amadora, Arruda dos Vinhos, Azambuja, Bombarral, Cadaval, Caldas da Rainha, Lisboa, Loures, Lourinhã, Nazaré, Óbidos, Odivelas, Peniche, Sobral de Monte Agraço, Rio Maior, Torres Vedras e Vila Franca de Xira.

Em causa está, conforme explicou à agência Lusa Navalha Garcia, do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente do Centro, Sul e Regiões Autónomas (SITE), a recusa da atual administração da Valorsul de fazer a publicação integral do Acordo de Empresa (AE).

Fizeram-nos uma proposta de aumento salarial de 1,6 % que o sindicato aceitou e até estava disponível a assinar. No entanto, a administração da Valorsul tem-se demonstrado intransigente na decisão de publicar os AE na íntegra. Isso demonstra que estão a agir de má fé e que o AE pode estar em risco”, apontou.

Navalha Garcia referiu que o sindicato já enviou um pré-aviso de greve à administração da Valorsul, estando agendadas duas paralisações de 24 horas para os dias 14 e 16 de junho.

Estamos confiantes de que esta greve, que se realiza no dia seguinte aos feriados, terá um impacto muito grande e uma boa mobilização dos trabalhadores", acrescentou.

A Lusa contactou fonte da administração da Valorsul, que se escusou a comentar a convocação desta greve.

A Valorsul é uma das unidades pertencentes à Empresa Geral de Fomento (EGF), que foi já privatizada.

O processo de privatização da EGF desenvolveu-se através de um concurso público internacional, lançado no primeiro trimestre de 2014 pelo primeiro Governo de Pedro Passos Coelho, tendo ficado concluído em julho de 2015 com a aquisição de 95% do capital (que pertencia à Águas de Portugal) por parte do consórcio SUMA, que integra a Mota-Engil.

Continue a ler esta notícia