A Escola Secundária Eça de Queiroz, em Lisboa, e o Centro de Acolhimento para Refugiados da Bobadela, em Loures, foram vandalizados com mensagens racistas e xenófobas durante a madrugada de sexta-feira.
O Conselho Português para os Refugiados já veio lamentar a situação, a manifesta a sua "preocupação", repudiando "qualquer atitude de violência de ódio na sociedade portuguesa".
As mensagens não passaram despercebidas ao deputado do Bloco de Esquerda Ricardo Moreira, que condenou um "raide de pinturas racistas e xenófobas" na escola, que fica nos Olivais.
Algumas das fotografias foram partilhadas pelo próprio, sendo que grande parte delas têm comentários injuriosos para com a comunidade negra.
Pinturas racistas na escola Eça de Queiroz nos Olivais em Lisboa. O @LisboaBloco condena o raide de pinturas de direita #racista e xenófoba em #Lisboa pic.twitter.com/TJrUDQTxF7
— Ricardo Moreira (@ricardosmoreira) June 12, 2020
Já nos muros do Centro de Acolhimento para Refugiados da Bobadela, também os árabes foram alvo das mensagens: "Árabes e pretos fora".
Outras instituições ou murais, como a Escola Secundária de Sacavém ou o mural de José Carvalho (homem que morreu alegadamente às mãos de radicais da extrema-direita) também foram vandalizados.
Em vários concelhos surgiram pichagens de extrema direita. Na Amadora, vandalizaram o mural de José Carvalho, 1ª vítima mortal da extrema direita no pós 25 Abril, prometendo "preço de sangue" aos "inimigos". Em Sacavém, vandalizaram as paredes da Secundária com insultos racistas. pic.twitter.com/UwnhQHNxEl
— Fabian Figueiredo (@ffigueiredo14) June 12, 2020
Esta situação surge depois de também a estátua do Padre António Vieira, em Lisboa, ter sido vandalizada.