A variante britânica da covid-19 continua a ser mais prevalente em Portugal, segundo o último relatório do Insituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA). A mutação B.1.1.7 é responsável por 91,2% dos casos identificados em Portugal no último período analisado, sendo que está presente em 100% dos casos confirmados nas regiões autónomas dos Açores e da Madeira.
A variante identificada em Manaus parece ser aquela que centra mais atenções atualmente, estando já confirmados 101 casos, 16 deles novos em relação ao último relatório.
Entre março e maio esta mutação teve um aumento da prevalência de 0,4% para 4,3%, ganhando relevância no território nacional.
Dos 101 casos, 22,8% foi considerado importado e 16,8% apresentava uma ligação epidemiológica com um caso confirmado da mesma variante. Contudo, a ausência de história de viagem ou contacto com casos confirmados com esta variante para a maioria dos casos suporta a existência de transmissão comunitária ativa desta variante", explica o relatório.
Até 5 de maio foram identificados 77 casos da variante B.1.351, inicialmente identificada na África do Sul. Nove destes casos são novos, sendo que a maioria das pessoas onde esta mutação tem prevalência são do sexo masculino.
A maioria dos casos desta variante foi identificada na região de Lisboa e Vale do Tejo. Ainda assim, a variante já está presente em 34 concelhos de 10 distritos diferentes.
Onze casos parecem tratar-se de casos importados e foi identificada ligação epidemiológica em outros 16 casos. Contudo, para a maioria dos casos, não foi possível identificar história de viagem ou contacto com casos confirmados com esta variante, resultante da circulação ativa desta variante na comunidade", esclarece o INSA.
Esta tendência de crescimento da variante de Manaus acompanha aquilo que vem sendo verificado noutros países da União Europeia, estando em vigor no espaço comunitário várias restrições às viagens a partir do Brasil.
Sobre a variante indiana, que está a provocar um autêntico caos no país de origem, Portugal mantém os mesmos sete casos que tinham sido confirmados até à semana passada.