O mês de junho foi “muito seco e quente”, sendo o valor médio da temperatura máxima muito superior ao valor normal e o 12.º mais alto desde 1931, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera.
Segundo o Boletim Climatológico publicado esta sexta-feira na página do instituto na Internet, o valor médio da quantidade de precipitação em junho foi de 12,2 milímetros, valor muito inferior ao normal, o que permite classificar o mês de junho como muito seco.
De acordo com o documento, os valores da quantidade de precipitação inferiores aos registados neste mês de junho ocorreram em cerca de 20% dos anos (desde 1931).
Este valor relativo à precipitação, escreve o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), corresponde ao 6.º mais baixo desde 2000 (mais baixo em 2004, 4,2 milímetros).
O valor médio da temperatura máxima do ar (27,29 graus Celsius) foi muito superior ao valor normal, sendo o 12.º mais alto desde 1931 (valor mais alto em 2004 com 30,14 graus)”, é indicado.
O instituto destaca também que o valor médio da temperatura mínima do ar (13,85 graus Celsius) foi superior ao valor normal.
De acordo com o boletim, o menor valor da temperatura mínima foi registado nas Penhas Douradas a 16 de junho (3,8 graus Celsius) e da máxima em Elvas no dia 29 de junho, com 40,1 graus.
O instituto informou também que Faro registou o maior número de noites tropicais (11), cerca de cinco vezes o valor normal.
“Em Elvas, observou-se o maior número de dias com temperatura máxima maior ou igual que 30 graus Celsius”, é sublinhado.
De salientar que nos últimos 25 anos, a temperatura média do ar tem sido quase sempre superior ao valor normal, apenas em quatro anos foi inferior (1992, 1997, 2007 e 2013) e a precipitação mensal tem sido quase sempre inferior ao normal exceto em seis anos (1992, 1997, 2006, 2007, 2009 e 2010)”, pode ler-se no documento.
De acordo com o índice meteorológico de seca do IPMA, no final de junho não existe situação de seca em todo o território exceto numa pequena área do sota-vento algarvio.