Menino abandonado: «Há casos mais graves» - TVI

Menino abandonado: «Há casos mais graves»

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Comissão de Protecção de Crianças de Viana do Castelo desdramatizou caso do menino de oito anos encontrado sozinho em casa

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A presidente da Comissão de Protecção de Crianças e Jovens (CPCJ) em Risco de Viana do Castelo desdramatizou esta quarta-feira o caso do menino de oito anos encontrado sozinho em casa, em Darque, na madrugada de sábado, escreve a Lusa.

«Não me parece, de todo, uma situação dramática ou de especial gravidade», disse, à Lusa, Cláudia Magalhães. «Há outras situações muitíssimo mais graves», acrescentou.

A mãe aquele menino, solteira e empregada de balcão, foi detida pela PSP de Viana do Castelo na madrugada de sábado por ter deixado sozinho em casa, no Cabedelo, freguesia de Darque, o filho de oito anos.

A vizinhança ouviu a criança a chorar e chamou as autoridades, tendo o menor sido retirado com o recurso a uma auto-escada dos bombeiros.

A PSP deteve formalmente a mãe, de 38 anos, mas deixou-a continuar em casa, na companhia do filho, até segunda-feira, dia em que a mulher foi presente ao Ministério Público.

Menino de 8 anos encontrado sozinho continua à guarda da mãe

Este último organismo deixou-a igualmente em liberdade e com a tutela do filho, mas solicitou a intervenção da CPCJ, para avaliar a situação do agregado familiar e aferir da necessidade de aplicação de uma medida especial de protecção para o menor.

«Se a situação se revestisse de especial gravidade, nem a PSP nem o Ministério Público teriam deixado que o menor continuasse entregue aos cuidados da mãe», referiu Cláudia Magalhães, sem, no entanto, querer avançar quaisquer outros pormenores da avaliação que está a ser feita no terreno.

Na altura da detenção, a PSP avançou que os vizinhos alegam que já não seria a primeira vez que a criança ficava sozinha em casa, uma versão desmentida pela mãe, que garantiu à procuradora do Ministério Público que anteriormente isso nunca tinha acontecido.

A mãe, que trabalha por turnos, terá justificado a situação com «um atraso» no trabalho. O caso deste menor não estava referenciado pela CPCJ.
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