Aqui menino não entra - TVI

Aqui menino não entra

  • Portugal Diário
  • Sílvia Maia, agência Lusa
  • 12 jul 2006, 10:41
Conjunto de vibradores e acessórios (Foto do site La Maleta Roja)

Reuniões de tupperware deram lugar a vibradores e kits orgásmicos

À semelhança das clássicas reuniões de tupperware, as portuguesas voltam a juntar-se para comprar e discutir modelos, mas agora as opções variam entre vibradores hiper-realistas, kits de ferramentas orgásmicas ou estimuladores em forma de patinho de borracha.

As mulheres que querem conhecer o «maravilhoso mundo dos produtos eróticos», mas têm vergonha de ser vistas numa sex-shop precisam apenas de um telefonema para ver abrir, na privacidade do lar, a maliciosa «maleta roja».

Gisele é a cara de uma nova moda que chegou há poucos meses a Portugal e que está a conquistar cada vez mais adeptas, de acordo com a brasileira com so taque espanhol que fez uma espécie de franchising da empresa catalã «La Maleta Roja», que apresenta uma panóplia de produtos eróticos.

Em Portugal, as reuniões passam única e exclusivamente por ela. Com uma gigantesca mala de viagem vermelha, Gisela viaja por todo o país para responder às solicitações de mulheres «de todas as idades e camadas sociais».

A brasileira garante que na sua mala, «tirando os produtos de cosmética, tudo vibra», até um aparentemente inofensivo patinho amarelo de plástico «para brincar na banheira».

As reuniões são marcadas por telefone e quando chega ao local combinado Gisele tem invariavelmente à sua espera um «tímido grupo de amigas». «Quando chego, noto que não se sentem à vontade, mas ficam curiosas assim que vêem a mala, porque querem saber o que está lá dentro», contou à Lusa.

Num encontro onde «menino não entra», o decoro inicial transforma-se rapidamente em galhofa, chegando por vezes a dificultar o trabalho da profissional brasileira.

Entre um sem-número de vibradores, alguns destacam-se pela sua «discrição» ou «imaginação», como o que tem a aparência de um batom vermelho, «para poder trazer na carteira sem levantar suspeitas».

Já o «mariposa» pode usar-se debaixo da roupa interior sem ser visto e é accionado através de um pequeno comando, explica a vendedora.

Uma pequena caixa metálica guarda o «kit de ferramentas orgásmicas», composto por um mini-vibrador com cinco diferentes adaptadores ou «cinco diferentes opções de prazer».

Gisele garante que «o kit não deixa nenhuma menina na mão», já que traz seis pilhas adicionais, caso seja necessário substituir.

Um patinho amarelo de plástico e um gigantesco morango de esponja submersível são outras das opções para quem quer deixar o seu aparelho na banheira sem ser facilmente identificado por estranhos.

A mesma reacção não deverá ter uma visita que sem querer «cruze» o olhar com um hiper-realista vibrador «Jonnhy», que só «falha» na sua imitação por ter ventosas acopladas aos testículos para «que a menina o possa pôr onde der mais jeito, com a garantia que não vai fugir».

Através de uma espécie de «mini-curso» em Espanha, Gisele recebeu instruções claras sobre o que dizer e o que fazer para deixar as mulheres à vontade no momento de comprar os produtos. No entanto, são raras as que compram vibradores nas reuniões. «Vendo muitos vibradores por telefone e através do site na Internet, mas nas reuniões o que vende mais são os cosméticos», disse à Lusa a vendedora, qu e começa a apresentação precisamente pelos «inofensivos produtos de cosmética».

Imaculados sais de banho, cremes e azeites de vários sabores e cores saltam da maleta perante o olhar das clientes que se entusiasmam com a apresentação de um sedutor «frasco de chocolate com pincel para pintar o corpo».

Mas a coqueluche dos cosméticos é a caixa de madeira que contém uma espécie de pó talco comestível de vários sabores, um óleo para pôr no corpo, um frasquinho de chocolate e um lubrificante com sabor. A caixa, da marca Kamasutra, custa 69 euros.

Quando a caixa Kamasutra é apresentada, Gisele garante que o pudor inicial da reunião deu lugar a uma «excitante brincadeira de amigas».

Conheça todas estas «ferramentas» aqui.
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