A1: «Autocarro ia em excesso de velocidade» - TVI

A1: «Autocarro ia em excesso de velocidade»

Sobrevivente relata momentos de pânico à TVI

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ACTUALIZADA ÀS 16h15

Um sobrevivente do grave acidente que fez um morto e 32 feridos este sábado diz que o autocarro que se despistou perto de Coimbra seguia em excesso de velocidade.

«Penso que foi um bocadinho de excesso de velocidade ao entrar na curva. Ao sair da auto-estrada tem de se reduzir a velocidade e penso que o motorista não teve essa atenção», afirmou à TVI Diamantino Silva.

O passageiro do autocarro acidentado contou que a viatura «balançou para o lado direito e depois tombou para a esquerda».

«A minha mulher ficou presa no banco durante uma hora e estavam outras pessoas sufocadas e a gritar. Eu atirei-me do autocarro abaixo, tentei socorrer outras pessoas mas não consegui», acrescentou.

Diamantino Silva considera que o grupo acabou por ter «uma pontinha de sorte», apesar do homem que ia imediatamente à sua frente ter sido a vítima mortal. «Podia ser eu...», concluiu, emocionado.

Governo solidário

O secretário de Estado Manuel Pizarro manifestou este domingo a disponibilidade total das estruturas do Ministério da Saúde e do SNS para prestar «o melhor acolhimento possível» às vítimas do acidente de sábado em Coimbra.

«Eu entendi que era obrigação do Governo e do Ministério da Saúde dar aqui uma palavra de solidariedade humana e reforçar aquilo que eu julgo que elas já sentiram na prática, que é a total disponibilidade das estruturas do Ministério da Saúde, as estruturas do Serviço Nacional de Saúde, para prestar o melhor acolhimento possível e para as ajudar a ultrapassar este momento difícil», afirmou.

O secretário de Estado Adjunto e da Saúde deslocou-se ao hotel do Luso, onde estão hospedados os participantes num encontro a propósito do Dia Mundial da Hemofilia.

Manuel Pizarro quis manifestar-lhes solidariedade na sequência do acidente com um autocarro ocorrido no sábado em Coimbra, que provocou um morto e 32 feridos, que se deslocavam para o Luso para participarem também naquele encontro.

«Acho que é um momento em que temos de estar solidários. Estas pessoas sofrem já de uma doença muito grave, que perturba muito as suas vidas, apesar dos tratamentos mais modernos já permitirem uma qualidade de vida razoável», afirmou o membro do Governo.

Na sua perspectiva, «é muito triste que tenha acontecido um acidente destes. Seria triste em quaisquer circunstâncias, é ainda mais triste quando está associado a um grupo de pessoas que, sofrendo de uma doença grave, se reúnem para comemorar o dia mundial da doença e para, naturalmente, falarem dos seus problemas e das perspectivas de melhoria».

O governante disse ainda que teve oportunidade de apreciar em conjunto com o presidente da Associação Portuguesa de Hemofilia, João Paulo Silva, a «pronta resposta, quer da emergência pré-hospitalar, quer dos serviços hospitalares» perante o acidente, adiantando que também vai «cumprimentar os profissionais de saúde pelo elevado grau de competência, profissionalismo e humanismo que revelaram a lidar com esta situação».

Depois desta deslocação ao Luso, em que estava acompanhado pelo presidente do Instituto Português do Sangue, Álvaro Beleza, pelo presidente da Administração Regional de Saúde do Centro, João Pedro Pimentel, e por João Paulo Silva, Manuel Pizarro visitou vítimas do acidente que permanecem internadas em hospitais de Coimbra.

Dois feridos com prognóstico reservado

Dois dos 32 feridos continuam nos Cuidados Intensivos com prognóstico reservado.

No Hospital Pediátrico de Coimbra, cinco das seis crianças vão ter alta nas próximas horas, enquanto a outra ficará sob vigilância.

No Centro Hospitalar de Coimbra estão cinco feridos, mas três deles terão alta nas próximas horas. Os outros dois ficarão sob vigilância.

Nos hospitais da Universidade de Coimbra estavam também cinco doentes, um deles terá alta hoje e dois serão transferidos para hospitais próximos da sua residência.
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