NOTÍCIA ATUALIZADA ÀS 11:15
Oito autocarros da Carris foram apedrejados quarta-feira à noite no Bairro dos 7 Céus, em Lisboa, alegadamente por pessoas descontentes com alterações nas carreiras que operam na zona.
O porta-voz da Carris confirmou à agência Lusa que os vidros de alguns dos autocarros apedrejados foram danificados, mas sublinhou que não houve quaisquer danos pessoais a registar: «Foram danos materiais relativamente pequenos. Alterámos recentemente o serviço de autocarros na zona e acreditamos que esta situação tenha a ver com isso».
O também secretário-geral da Carris indicou que recentemente foram alteradas três carreiras na zona, mas que não se registou qualquer tipo de supressão. «Não foram suprimidas, sofreram alterações. Mas esta é uma situação que altera os hábitos das pessoas e provoca descontentamento», frisou.
Fonte da PSP disse à Lusa que a polícia foi chamada ao local cerca das 19:00, recebendo a informação de que oito autocarros da Carris teriam sido atacados: «Decidimos fazer um patrulhamento de visibilidade e enviámos meios para o local. A partir do momento que chegámos não se verificaram mais incidentes».
Cidadãos indignados
O movimento Cidadãos da Alta de Lisboa em Luta exigiram, entretanto, a reposição dos anteriores percursos das carreiras que servem aquele bairro, afirmando que vão esperar até segunda-feira e depois voltam com protestos de rua.
«Deve ser emergentemente reposto o anterior serviço prestado na Alta de Lisboa, ou seja, reposição do 108, 701, 703, 717 e 777 nos seus anteriores percursos e frequências», lê-se num comunicado.
«Se a Carris não nos der uma resposta efetiva, na quarta-feira vamos voltar para a rua com uma manifestação à porta da empresa por tempo indeterminado», disse André Escoval, daquele movimento, à Lusa.
Para exemplificar as dificuldades sentidas, André Escoval assegurou que já houve casos de idosos que desmaiaram nas paragens à espera do autocarro e que diariamente várias mães vão a pé com os filhos para a escola, no Lumiar, porque as paragens estão sempre cheias e os autocarros também, pelo que, por vezes, nem param.
No comunicado, dirigido aos administradores da Carris, ao Presidente da República e aos membros do Governo com a tutela dos transportes, entre outros, aquele movimento que o tempo de espera aumentou de forma «gravosa» desde 3 de março e que há uma constante lotação total dos autocarros.
Autocarros da Carris apedrejados em Lisboa
- Redação
- FC
- 15 mar 2012, 09:50
População descontente com alterações nas carreiras
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