Avanço do mar ameaça Torres de Ofir - TVI

Avanço do mar ameaça Torres de Ofir

Torres de Ofir

Água está a «um metro e meio, dois metros» do local

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O avanço do mar está a colocar «em sério risco» as Torres de Ofir, em Esposende, que já têm a água a «um metro e meio, dois metros», afirmou esta quinta-feira o vereador da Proteção Civil na Câmara local.

Maranhão Peixoto disse à Lusa que no fim de semana, por precaução, já foi vedado o acesso ao parque de estacionamento à superfície da torre mais a norte.

«Se o mar continuar a avançar com esta ferocidade, as torres correm sério risco», acrescentou.

Agência Portuguesa no Ambiente vai inteirar-se da segurança das torres

Responsáveis da Agência Portuguesa do Ambiente e da Câmara de Esposende deslocam-se esta quinta-feira à praia de Ofir para aferir das reais condições de segurança das três torres de apartamentos ali existentes.

A demolição daquelas torres já chegou a ser aventada, na altura em que o ministro do Ambiente era José Sócrates, mas nunca avançou.

Evacuação das torres não se coloca para já

O presidente da Câmara de Esposende, Benjamim Pereira, garantE que «neste momento, não está em causa a ruína» das três torres de Ofir, mas sublinhou que a situação será alvo de «avaliação permanente».

«Neste momento, pelas análises técnicas que me chegaram à mão, não está em causa a ruína destes três edifícios», referiu o autarca.

Acrescentou que as três torres têm, no total, cerca de 200 apartamentos, dos quais apenas uma dúzia é habitada em regime de permanência.

Neste momento, ainda segundo Benjamim Pereira, não se coloca a questão da evacuação das torres, mas haverá uma «avaliação permanente» da situação para a tomada de medidas de acordo com a evolução do estado do mar.

«Não será difícil, caso venha a ser necessário, colocar noutro local [as pessoas que vivem nas torres]», disse.

A demolição daquelas torres já chegou a ser aventada, na altura em que o ministro do Ambiente era José Sócrates, mas nunca avançou.

Hoje, o presidente da Câmara de Esposende admitiu que essa «não é uma prioridade», face à situação económica do país.

O autarca disse que o local será alvo de uma intervenção no âmbito do Polis Litoral Norte, para conter o avanço do mar.
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