Beja: matou para «poupar» a família

Em tribunal, o alegado triplo homicida de Beja admitiu ter graves problemas financeiros e explicou que quis poupar a família à perda de todos os bens, por processos de penhora. Ao juiz e à polícia, Francisco Esperança deu a mesma e única explicação para os crimes.

Quando o juiz lhe perguntou se matou a filha por ciúmes, o suspeito respondeu apenas com lágrimas. No bairro onde a família vivia, a hipótese do avô ser afinal o pai da neta é mais um motivo de choque.

Detido e permanentemente vigiado desde segunda-feira, o alegado homicida tem mantido uma atitude normal, sem sinais de arrependimento. O mesmo comportamento que o fez continuar com a rotina de sempre nos dias seguintes aos três crimes.

Os problemas com o álcool e as dívidas acumuladas eram conhecidos na zona, mas ninguém compreende o desfecho macabro.