Ébola: como agir em caso de suspeita do vírus - TVI

Ébola: como agir em caso de suspeita do vírus

Esclarecimentos da subdiretora-geral de Saúde, Graça Freitas, no «Jornal das 8», da TVI

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A Organização Mundial de Saúde lançou nesta sexta-feira um alerta mundial para o surto do vírus do ébola e, em Portugal, chegou já a haver um caso de suspeita desta epidemia, que acabou por não se confirmar.

A Direção Geral de Saúde tem um plano de contingência para conter o vírus do ébola, caso este venha surgir em Portugal. No «Jornal das 8», da TVI, a subdiretora da DGS, Graça Freitas, explicou que os três hospitais estão preparados para receber casos suspeitos de contaminação - Hospital Curry Cabral e Hospital Dona Estefânia, ambos em Lisboa, e o Hospital de São João, no Porto.

Graça Freitas esclarece que as alas de emergência nos hospitais portugueses são uma medida de cautela já usada noutras ocasiões. Estes hospitais «já estiveram presentes na linha da frente em outras crises de saúde pública, de doenças que se verificaram no exterior, mas que poderiam vir para Portugal», esclareceu.

No caso do ébola, a subdiretora Geral de Saúde considera que deve haver vigilância das pessoas que tenham vindo dos quatro países que estão em estado de emergência: Serra leoa, Libéria, Guiné Conacri e Nigéria. A última atualização da OMS contabilizava 961 mortos pelo vírus do ébola. Com a notícia de mais outros dois mortos nesta sexta-feira, na Nigéria, este é um número em constante atualização.

Nesta epidemia, os sintomas a ter em conta são, em primeiro lugar, febre súbita e mau-estar geral. Nestes casos, as pessoas não devem ir a correr para um serviço de urgência, mas sim ligar para Linha de Saúde24 (808 24 24 24) ou, se os sintomas forem muitos, para o INEM (112). [ Leia aqui: Perguntas e respostas sobre o surto do ébola]

E como é se transmite o vírus do ébola, com um aperto de mão? A especialista Graça Franco esclarece: «Este vírus tem coisas boas e coisas más. Dentro das coisas boas, uma delas, é que ele não se transmite enquanto a pessoa está saudável. Portanto, há 21 dias, que é o período máximo de infeção, durante o qual a pessoa pode estar infetada e ainda não tem sinais e sintomas. Dentro deste período largo, felizmente, este vírus não se transmite. Portanto, quando as pessoas vêm de um país qualquer afetado e vêm saudáveis e se integram na comunidade e fazem a sua vida de família, no seu bairro, no seu trabalho, enquanto se mantiverem saudáveis não constituem nenhum perigo para a sociedade».

«Se tiverem sintomas, só a partir desse momento é que se tornam infeciosas, contagiando outras pessoas. Esse contágio exige contágio direto com líquidos orgânicos, com secreções, com vómitos, com sangue».

Um aperto de mão, um copo mal lavado, uma casa de banho de um avião - em todas estas situações não há hipótese de contágio. No entanto, conforme sublinha Graça Freitas, «a vantagem nos países mais desenvolvidos é que as pessoas que desenvolvem sintomas e sinais habitualmente procuram cuidados médicos».
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