Julgamento de Renato Seabra arranca nos EUA - TVI

Julgamento de Renato Seabra arranca nos EUA

Carlos Castro foi encontrado morto a 7 de Janeiro de 2011, num quartod e hotel, em Nova Iorque

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Os preparativos do julgamento do jovem português Renato Seabra, acusado do homicídio do cronista social Carlos Castro, arrancam esta sexta-feira em Nova Iorque, ao fim de sucessivos adiamentos e um ano e oito meses depois do crime.

Fonte da procuradoria de Nova Iorque disse à agência Lusa que o primeiro passo será uma audiência, pedida pela defesa, para determinar a validade da confissão que Seabra fez à polícia depois do crime.

O juiz é, para já, Michael Obus, que preside ao Tribunal Supremo de Nova Iorque e teve recentemente em mãos o caso de Dominique Strauss-Khan.

Mas, segundo a mesma fonte da procuradoria, o julgamento poderá ainda ser entregue a um outro juiz.

A decisão em relação à confissão deverá ser tomada por Obus só depois de ouvidas testemunhas chamadas por ambas as partes.

A mesma fonte escusou-se a responder à pergunta sobre se a Procuradora vai pedir para ouvir Seabra.

Seguir-se-á o processo de seleção do júri para o julgamento, que poderá demorar poucos dias ou até uma semana, dependendo da facilidade de haver acordo entre procuradoria e defesa.

O processo de julgamento deveria ter começado na segunda-feira, mas foi novamente adiado devido a «conflitos de agenda» entre as partes, segundo o advogado de Seabra, David Touger.

A defesa sustenta que o jovem deve ser considerado «não culpado por razões de doença ou distúrbio mental» e mostra-se confiante de que esta tese vai prevalecer perante um júri, quando o julgamento arrancar, escudando-se em relatórios psiquiátricos.

O início do julgamento, que deverá durar entre duas e três semanas, chegou a ser apontado para abril ou maio.

A demora na entrega de elementos e no arranque do julgamento motivou acesas discussões na sala de audiências entre defesa e acusação, levando o anterior juiz, Charles Solomon, a declarar-se «frustrado» com o andamento lento do processo.

O caso remonta a 7 de janeiro de 2011, quando o cadáver de Carlos Castro, de 65 anos, foi encontrado nu e com sinais de agressões violentas e mutilação nos órgãos genitais no quarto de hotel que partilhara com Renato Seabra, em Manhattan.

O jovem continua na prisão de Rikers Island, por decisão do departamento penal de Nova Iorque, medicado e sujeito a vigilância médica.
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