Mário Machado acusa família de Sócrates - TVI

Mário Machado acusa família de Sócrates

Advogado de Mário Machado

Dirigente da Frente Nacional foi inquirido como testemunha arrolada pelo DCIAP

Mário Machado, dirigente da Frente Nacional, conotada com a extrema-direita, garantiu, esta segunda-feira, no Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) a genuinidade dos documentos sobre alegado favorecimento da família de José Sócrates.

Machado, a cumprir pena de prisão no Estabelecimento Prisional de Monsanto, foi inquirido como testemunha arrolada pelo DCIAP e, como referiu à Agência Lusa o seu advogado, José Manuel de Castro, «atestou a veracidade dos documentos, embora não tenha podido se pronunciar sobre o conteúdo do ponto de vista técnico».

José Manuel de Castro esclareceu que Mário Machado «esteve uma hora a ser ouvido por uma procuradora da República e confirmou que uma parte desses documentos foi publicada no site Fórum Nacional, em março de 2009».

Este inquérito foi desencadeado após Rui Dias, no seu depoimento no Tribunal de Loures, em 2009, ter afirmado que ele, Mário Machado e mais seis arguidos estavam a ser julgados por associação criminosa, extorsão, sequestro e outros crimes por terem em seu poder documentos de fluxos financeiros que, alegadamente, envolvem familiares do primeiro-ministro cessante, José Sócrates, nos processos Freeport e Cova da Beira.

Rui Dias, que também hoje presta declarações no DCIAP, disse em tribunal na altura que «tem documentos que referem o desvio de 383 milhões de euros», envolvendo «o tio, o primo e a mãe» de José Sócrates, após o qual um dos três elementos do colectivo de juízes decidiu extrair uma certidão, sustentando que houve «denúncia de factos graves».
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