«Rei Ghob»: testemunha relata morte de jovem - TVI

«Rei Ghob»: testemunha relata morte de jovem

Sessão desta quinta-feira decorreu à porta fechada

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A testemunha principal no caso do «Rei Ghob», o homem acusado de quatro homicídios, chorou esta quinta-feira no Tribunal de Torres Vedras ao confirmar que assistiu à morte de Ivo Delgado, disse fonte judicial à Lusa.

Fonte ligada ao processo explicou que, na sessão fechada ao público por despacho da juíza a seu pedido, Mara Pires reafirmou as suas declarações prestadas, aquando do interrogatório da Polícia Judiciária.

A testemunha referiu que se deslocou com o arguido e Ivo Delgado a um local isolado repleto de árvores na zona da Foz do Arelho, Caldas da Rainha.

Nesse local, contou a testemunha, Francisco Leitão estava encarnado por uma entidade espiritual a quem chamada «velho», que a obrigava a «fazer coisas que ela não queria», ao amedrontá-la de que teria de cumprir ordens para que a alma do seu pai (falecido em 2004) «em desassossego» pudesse ficar em paz.

Após uma discussão entre Ivo Delgado e o arguido sob o disfarce do «velho», a quem aquele não queria obedecer, o arguido terá agarrado «numa barra de ferro» da parte da frente do veículo "Mitsubishi Space Star", desferindo-a na cabeça de Ivo.

De seguida, meteu a vítima no banco de trás do carro, ligando-o e seguindo em direcção a Caldas da Rainha pela estrada do Vau (Óbidos), seguidos por Mara Pires, que seguia atrás com o seu carro.

Em vez de cortarem a caminho do hospital, para onde Mara Pires pensava que iam, o arguido conduziu-os até uma cabana localizada numa zona junto ao cemitério de Nossa Senhora do Pópulo, na cidade de Caldas da Rainha, onde a testemunha «ainda viu sangue» na vítima, mas já não a ouviu a respirar.

Chegados ao local, os três eram esperados por "João da Rolote", que se afastou com a testemunha no sentido de se «ir embora», tendo regressado ao local, alegadamente para ambos enterrarem o corpo, acontecimento a que Mara Pires já não assistiu.

Ao apontar onde estaria enterrado o corpo de Ivo Delgado durante o primeiro interrogatório, Mara Pires chegou a conduzir os inspectores da PJ ao sítio, sem que contudo tenha sido descoberto o cadáver da vítima, apesar das escavações efectuadas.
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