Utentes preocupados com fecho de urgências - TVI

Utentes preocupados com fecho de urgências

Movimento apela a que populações afetadas manifestem o seu desagrado

O dirigente do Movimento do Utentes de Serviços Públicos disse esta quarta-feira estar preocupado com a proposta de encerramento de 12 urgências básicas, considerando que isso penalizará dramaticamente os portugueses, por aumentar as dificuldades de acesso aos serviços de saúde.

«Estas notícias que apontam para o encerramento de 12 serviços de urgência em outras tantas cidades, manifestamos as nossas preocupações, tendo em consideração as dificuldades que são sentidas por muitos milhares de cidadãos em ter acesso aos cuidados de saúde», disse à agência Lusa Carlos Braga.

Para este responsável, a medida proposta pela Comissão para a Reavaliação da Rede Nacional de Emergência e Urgência «penaliza grave e drasticamente os direitos dos portugueses», que já estão a ser afetados «devido ao facto de a sua situação económica e social ser muito débil e também pelo aumento das taxas moderadoras e [redução] da comparticipação nos medicamentos».

Vários jornais avançaram esta quarta-feira que a comissão para a reavaliação da Rede Nacional de Emergência e Urgência propôs ao Governo o encerramento das urgências de Fafe, Macedo de Cavaleiros, Oliveira de Azeméis, Santo Tirso, Valongo, Lagos, Loulé, Montemor-o-Novo, Montijo, Peniche, Serpa e Tomar.

Num relatório de fevereiro deste ano, a comissão propõe também a criação de urgências em Coruche e Sertã, passando a somar 73 urgências no país, ou seja, menos 10 do que atualmente.

«Se esta proposta vier a ser aceite pelo Governo, irão aumentar substancialmente as dificuldades, vão-se isolar populações em certas zonas do país, porque, em algumas, há também muitas dificuldades de transportes e as pessoas, nalguns casos, têm idades muito avançadas», avisou Carlos Braga.

Para o representando dos utentes, esta proposta tem «muito poucos critérios justos», tendo antes como «objetivo principal uma medida economicista».

Prometendo analisar melhor a proposta, Carlos Braga avisou ainda que quer «incentivar as populações dessas zonas para que manifestam o seu desagrado e oposição em relação a estas medidas».
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