Praias vigiadas por 742 elementos da Autoridade Marítima Nacional - TVI

Praias vigiadas por 742 elementos da Autoridade Marítima Nacional

  • .
  • AM
  • 29 mai 2020, 19:00

Além destes 742 elementos a vigiar as praias, existem 7.610 nadadores-salvadores aptos a ser contratados

As praias vão ser vigiadas por 742 elementos do Instituto de Socorros a Náufragos (ISN), Polícia Marítima e Marinha, anunciou a Autoridade Marítima Nacional (AMN), indicando que, quanto à capacidade de utentes, “dificilmente” se consegue barrar entradas.

Além destes 742 elementos a vigiar as praias, existem 7.610 nadadores-salvadores aptos a ser contratados, avançou o diretor do Instituto de Socorros a Náufragos (ISN), comandante Velho Gouveia, considerando que “este número é suficiente”.

Em conferência de imprensa sobre a época balnear 2020, que decorreu em Lisboa, o comandante Pereira da Fonseca, porta-voz da AMN, disse que os 742 elementos disponíveis representam um “reforço generalizado” de meios na vigilância das praias durante a época balnear deste ano, que tem início em 6 de junho.

“A Marinha, neste caso, reforçou a Autoridade Marítima com meios, para permitir, precisamente, que as zonas mais visitadas pelos banhistas tenham esse reforço de patrulhamento e de sensibilização”, explicou Pereira da Fonseca, destacando ainda o empenho de recursos por parte das autarquias no âmbito da sensibilização das boas práticas do uso balnear.

Em relação ao controlo dos cidadãos nas praias, o diretor do Instituto de Socorros a Náufragos (ISN), comandante Velho Gouveia, referiu que é uma matéria que está a ser coordenada pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA), em que “estão a ser desenvolvidas ferramentas”, com sinalética sobre a situação de lotação das praias e com a aplicação InfoPraia, que permite saber com o estado de ocupação das praias.

“Isto é desconhecido, não sabemos de facto o que é que poderá acontecer, mas, se acontecer, e a acontecer, será certamente, nas praias urbanas junto às grandes cidades, que é onde há maiores aglomerados em todos os aspetos da população. As autoridades terão de ver qual é de facto a melhor resposta em cada caso”, declarou o comandante Velho Gouveia.

Sobre a possibilidade de interditar o acesso às praias, na sequência do eventual desrespeito pelas regras, o comandante Pereira da Fonseca ressalvou que “dificilmente” se vai “conseguir barrar entradas”, principalmente nas “praias que têm várias entradas”.

Neste sentido, a AMN sublinha que o funcionamento das praias depende do comportamento dos cidadãos.

Ministro deseja “bom, mas pouco trabalho”

O ministro da Defesa desejou “bom trabalho, mas pouco trabalho” aos elementos do ISN que vão ajudar a vigiar as praias durante o verão e fez um apelo ao civismo dos portugueses.  

Foi depois de ver o equipamento de uma das 30 carrinhas todo-o-terreno entregues por uma marca de automóveis – uma prancha, boias, um desfibrilhador, um kit de proteção para covid-19 que João Cravinho desejou, ao elemento do ISN, vestido de amarelo, “bom trabalho”.  

“Mas pouco trabalho”, disse, já depois de ter agradecido aos parceiros desta iniciativa “Sea Watch”, que existe há 10 anos e, disse, “já salvou 1.600 pessoas” – SIVA, que fornece aos automóveis, à BP, que dá o combustível, à Blue Ocean Medical, que fornece o desfibrilhador, e à seguradora Ageas.

É um resultado "notável" e que ajuda, argumentou, a que "Portugal seja um dos países do Mundo mais seguros para acolher turistas", afirmou, após a cerimónia das viaturas ao ISN. 

O ministro defendeu que é preciso “um equilíbrio” entre a “necessidade de distanciamento físico” entre a “vontade de liberdade” dos portugueses de poderem ir à praia, após meses de confinamento devido à pandemia de covid-19.

Se todos os anos as autoridades portuguesas fazem um apelo aos turistas, portugueses e estrangeiros, para frequentarem praias vigiadas, Gomes Cravinho admitiu ser natural que este ano, devido ao surto e ao necessário distanciamento, procurem praias com mais espaço e não vigiadas.

Daí a importância, destacou, do dispositivo do ISN para reforçar a vigilância dos 350 quilómetros de praias que não são vigiadas para a “necessidade absoluta de garantir a segurança”.

Isso, admitiu, pode significar "mais trabalho" para as autoridades para que é "preciso estar preparado".

Este ano, a Marinha vai ajudar na vigilância das praias com 169 fuzileiros, parte deles nas 30 carrinhas hoje entregues ao Instituto de Socorros a Náufragos.

Continue a ler esta notícia