Cerca de 200 pessoas em protesto no Hospital do Barreiro - TVI

Cerca de 200 pessoas em protesto no Hospital do Barreiro

Hospital [Foto: Lusa]

Manifestantes exigem manutenção de todas as valências e especialidades no Centro Hospitalar

Cerca de 200 pessoas participaram esta sexta-feira numa vigília junto ao Hospital do Barreiro. As reivindicações que estiveram na base deste protesto são pela manutenção de todas as valências e especialidades no Centro Hospitalar.

A vigília foi promovida pelas Comissões de Utentes do Arco Ribeirinho Sul (Barreiro, Moita, Montijo e Alcochete), que criticaram a reorganização hospitalar e a falta de condições no Centro Hospitalar Barreiro/Montijo, que serve os quatro concelhos.

«A portaria da reorganização hospitalar definiu o Hospital do Barreiro como nível 1, que é o mais baixo, o que implica que muitas das especialidades aqui existentes passassem para o hospital Garcia de Orta, em Almada, que já está sobrelotado. Nós não queremos que o nosso hospital perca valências», disse José Manuel Fernandes, representante das comissões de utentes, citado pela agência Lusa.

As várias comissões decidiram trabalhar em conjunto e exigem que o conselho de administração do Centro Hospitalar Barreiro/Montijo tome «as medidas corretas», adiantou ainda.

«Existem maus serviços nas áreas da urgência, consultas externas e internamentos. Quando há condições, os técnicos de saúde prestam bons serviços, mas quando se juntam mais pessoas faltam condições para responder. Queremos juntar à qualidade dos técnicos, condições de atendimento»


O responsável anunciou ainda que vai ser pedida uma reunião urgente com a administração do centro Hospitalar. «O que nos diz o presidente é que a portaria é para aplicar. Já hoje não são prestados bons serviços, se diminuírem as especialidades e valências vamos ficar muito pior. Vamos continuar a lutar até que as nossas exigências sejam atendidas».

O presidente da Câmara do Barreiro, Carlos Humberto, esteve presente local e considerou necessário lutar para manter o Serviço Nacional de Saúde.

«Este ataque permanente ao serviço público exige cada vez mais respostas e intervenções. Estamos aqui a defender o serviço público, o Serviço Nacional de Saúde e nosso hospital. Deixo um apelo a todos os barreirenses e utentes do hospital para que continuem a intervir para a manutenção deste importante serviço»


Também Rui Garcia, presidente da Câmara da Moita, esteve presente na vigília e considerou que a situação atual é preocupante, salientando que a situação está pior do que há alguns anos atrás.

«O hospital do Barreiro tem vindo a sofrer uma perda de qualidade acentuada, a que acresce a situação dos centros de saúde, onde existem cada vez menos profissionais e maior dificuldade de acesso. As pessoas estão com um atendimento muito mais pobre que há anos atrás»
 

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