Incêndios: civil ferido com gravidade transportado para Lisboa - TVI

Incêndios: civil ferido com gravidade transportado para Lisboa

  • MM - Notícia atualizada às 01:52 de domingo
  • 20 jul 2019, 22:45

Forças Armadas apoiam Proteção Civil em Castelo Branco. Para o terreno, vão quatro máquinas de rasto e 20 militares

Os três incêndios que lavram desde a tarde de sábado no distrito de Castelo Branco provocaram sete feridos ligeiros e um grave, anunciou este domingo o Comandante do Agrupamento Centro Sul da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil.

Há sete feridos ligeiros, agentes da Proteção Civil, e um ferido grave, um civil com queimaduras", afirmou o comandante Belo Costa, durante um briefing realizado às 00:00 de domingo, para fazer o ponto da situação dos três incêndios que continuam ativos no distrito de Castelo Branco.

Três dos feridos ligeiros resultaram de um acidente entre duas viaturas de bombeiros, e o ferido grave, um civil que sofreu queimaduras, foi transportado de helicóptero para Lisboa.

As Forças Armadas vão enviar quatro máquinas de rasto e 20 militares para apoiar a Proteção Civil no combate aos incêndios que lavram no distrito de Castelo Branco desde a tarde deste sábado. 

Na sequência do grande incêndio que assola neste momento o distrito de Castelo Branco, as Forças Armadas vão empenhar quatro máquinas de rasto, três do Exército e uma da Força Aérea, para apoiarem na abertura de caminhos que facilitem o acesso dos operacionais que combatem o fogo”, refere o Estado-Maior General das Forças Armadas (EMGFA), em comunicado divulgado na sua página da internet.

O EMGFA acrescenta que este apoio surge “no seguimento de um pedido da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil e irá centrar-se na localidade de Vila de Rei”.

Com uma tripulação de cinco militares em cada máquina, "vão ser empenhados ao todo 20 militares (15 do Exército e 5 da Força Aérea)".

Dois incêndios que deflagraram pelas 15:00 de hoje os concelhos de Vila de Rei e da Sertã, no distrito de Castelo Branco, estão a mobilizar, pelas 01:00 de domingo, segundo a página da internet da Proteção Civil, mais de mil operacionais apoiados por 310 viaturas.

No concelho da Sertã, o incêndio lavra nas localidades de Rolã, de Vale da Cova e de São Paio, enquanto no concelho de Vila de Rei o fogo atinge a localidade de Fundada, tendo alcançado também o concelho de Mação, já no distrito de Santarém.

O cenário atual já levou a ativar o Plano Municipal de Proteção Civil do concelho de Vila de Rei e será montado um posto de comando na Escola Secundária da Sertã, que irá fazer a gestão destes quatro incêndios.

Estes incêndios já levaram ao corte de várias estradas naquela zona e obrigaram à retirada de pessoas das suas habitações.

Pelas 20:00, o responsável pela Proteção Civil de Mação, distrito de Santarém, disse à agência Lusa que uma frente do fogo que atinge o concelho de Vila de Rei entrou "com bastante violência" neste concelho.

António Louro adiantou que se trata de uma frente de fogo com oito quilómetros, que entrou no concelho de Mação (distrito de Santarém) na zona de Azinhal, Cardigos e Vinha Velha.

As chamas avançam "com muita violência", registando-se "muito vento" no local, acrescentou.

Três incêndios "à mesma hora"

A presidente da União de Freguesias de Cernache do Bonjardim, Nesperal e Palhais, diz que deflagraram três incêndios "à mesma hora" naquela autarquia do município da Sertã, um dos quais se mantém ativo desde o início da tarde.

Em declarações à Lusa, cerca das 21:30, a autarca Filomena Bernardo frisou que no incêndio da Sertã, que eclodiu numa localidade da zona de Palhais, "foi consumido bastante pinhal, mas aparentemente não atingiu nenhuma casa" e foi potenciado por uma frente de chamas vinda do concelho vizinho de Vila de Rei, que entrou na sua freguesia na povoação de Ereira e se estendeu até à localidade de Casal do Diabo.

Agora aqui está mais calmo, mas ainda não está controlado. As pessoas dizem que limparam as faixas de segurança à volta das casas, mas a verdade é que continua a arder", ilustrou Filomena Bernardo.

Para quem está a ver o fogo a chegar perto de casa um minuto é uma hora, mas os bombeiros não podem ir a voar. Mas as pessoas ficam muito nervosas e dizem que os meios continuam a ser poucos", acrescentou.

Filomena Bernardo frisou que ao longo da tarde de hoje "houve muita pressão" na sua freguesia devido à proximidade das chamas às habitações, pressão essa que também afetou a corporação de bombeiros local, que viu duas das suas viaturas envolvidas num acidente rodoviário, que resultou em dois bombeiros feridos sem gravidade, revelou a autarca.

Um jipe que ia atestar de água, numa curva bateu contra um carro de água da mesma corporação e dois bombeiros tiveram ferimentos ligeiros", disse Filomena Bernardo.

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