Centenas de alunos sem refeições - TVI

Centenas de alunos sem refeições

(Foto Cláudia Lima da Costa)

Pais «indignados» com falta de refeições, por falta de funcionários em Vila Franca de Xira

Relacionados
A Federação das Associações de Pais de Vila Franca de Xira (FAPXIRA) mostrou-se hoje perplexa e indignada por não se ter evitado que centenas de alunos da Póvoa de Santa Iria ficassem sem refeições até quinta-feira.

Os encarregados de educação dos alunos do Pré-Escolar e 1.º Ciclo do Agrupamento de Escolas da Póvoa de Santa Iria foram informados na segunda-feira que os filhos não iriam receber os almoços entre hoje e quinta-feira, por falta de funcionários.

«Cerca de 1530 alunos de Pré-escolar e 1º Ciclo não podem ter refeições na escola, porque não há pessoal para servir as mesmas, recaindo nas famílias o peso da gestão de um tempo que é cada vez mais escasso. Esta situação agrava-se quando a informação é transmitida 24 horas antes do acontecimento», reagiu hoje a FAPXIRA, em comunicado.

Contactada pela Lusa, a autarquia de Vila Franca de Xira, responsável pelo fornecimento das refeições, informou na segunda-feira que «foi confrontada com a situação de não fornecimento de refeições» por parte do agrupamento de escolas, ressalvando que essa decisão «não foi articulada nem tomada pelo município».

A câmara, liderada por Alberto Mesquita (PS), reconheceu a falta de funcionários, mas assegurou que há alternativas dentro do próprio agrupamento.

«Apesar da não colocação da totalidade dos funcionários para o serviço de refeições (nomeadamente devido a faltas e desistências de última hora de alguns dos selecionados), estão disponíveis no agrupamento recursos utilizáveis para este fim», sublinhou o município, na resposta escrita enviada na noite de segunda-feira.

Sem querer atribuir diretamente responsabilidades ao agrupamento e à câmara, a FAPXIRA diz que «urge» resolver o problema e questiona se não era possível ter evitado esta situação.

«Não podemos deixar de demonstrar a nossa perplexidade e indignação perante o facto de não se ter encontrado uma solução antes do início do ano letivo. Não tinham os agentes e o recrutador (câmara municipal) deste processo conhecimento antecipado desta necessidade», interrogam-se ainda os pais.
Continue a ler esta notícia

Relacionados