Tribunal julga professora por tentar extorquir dinheiro a seis pessoas - TVI

Tribunal julga professora por tentar extorquir dinheiro a seis pessoas

  • JFP
  • 27 mai 2019, 19:24
Justiça (iStockphoto)

Mulher chantageava as pessoas e ameaçava-as através de mensagens de telemóvel

O Tribunal de Vila Real começa a julgar na terça-feira uma professora de 42 anos suspeita de tentar extorquir dinheiro a seis pessoas, chantageando-as e ameaçando-as através de mensagens de telemóvel.

O Ministério Público (MP) acusa a arguida de ser a autora de seis crimes de extorsão, na forma tentada.

A professora foi detida em abril de 2016 e, segundo a acusação, é suspeita de chantagear e ameaçar as vítimas, uma mulher e cinco homens, entre os quais um polícia e um professor universitário, a troco de diferentes quantias de dinheiro.

Segundo o MP, a mulher conhecia as vítimas e as suas rotinas e usava essa informação nas mensagens que lhes enviava, de forma a intimidá-las.

Por exemplo, a arguida mandou mensagens de “teor ofensivo” ao agente da PSP, acusando-o de se envolver com mulheres, algumas das quais menores de idade, através da rede social Facebook.

Terá tentado, segundo a acusação, extorquir-lhe três mil euros e ameaçado destruir-lhe a profissão.

Foi este polícia que denunciou o caso, levando à investigação por parte da Polícia Judiciária de Vila Real.

A uma mulher exigiu a entrega de cerca de cinco mil euros de modo a “evitar consequências para si e para o seu filho menor de idade”.

De acordo com a acusação, a vítima ficou “em estado de pânico” e passou “a viver num clima de terror, receando pela sua vida e a do seu filho”.

Ao professor universitário, a arguida mandou mensagens a pedir cinco mil euros ou seria denunciado “por tentativa de aproximação a uma aluna da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) com propósitos sexuais”.

Aos restantes três homens mandou também mensagens a ameaçar expor as suas supostas “infidelidades”.

Segundo o MP, a conta que a arguida dava às vítimas para a transferência bancária era titulada por si e pelo seu ex-marido.

A acusação considera que a sua conduta “teve como único propósito conseguir que os ofendidos se convencessem da seriedade das ameaças que lhes fazia repetidamente” e que só não conseguiu concretizar a extorsão porque os ofendidos a identificaram e devido à intervenção policial.

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